29/11/2023 - Tempo dos Blocos Dr. Yglésio Yglésio Moyses

Yglésio Moyses

Aniversário: 19/09
Profissão: Médico

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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, senhoras e senhores. Subo à tribuna, primeiramente, para registrar a Nota de Pesar que foi emitida hoje pela Polícia Militar do Maranhão, com a perda do soldado Marcos Vinícius Macedo, ocorrida na quarta-feira, dia 28, em São Luís. O policial era lotado no 21º Batalhão de Polícia Militar. O que aconteceu? Um policial foi assassinado, foi vítima, em meio a uma briga de facções, comando vermelho e bonde. Já passou da hora de se fazer o enfrentamento a essas facções, aqui no estado. Elas estão ramificadas de tal forma que você vê: eles acham que são donos das localidades de São Luís e se acham no direito de eliminar um policial que esteja lá para garantir a preservação da lei e da ordem pública. Então, imagina o que aconteceu. E, claro, que isso aí é um legado que veio dos oito anos em que Flávio Dino foi governador do Estado do Maranhão, Jefferson Portela, secretário de Segurança, ficaram, obviamente, aí em conluio silente com essas organizações criminosas dentro do estado e elas se instalaram em grandes sítios de São Luís. Esses residenciais grandes: ‘Minha Casa, Minha Vida’, vários deles são dominados por facções e houve uma conivência total. Não custa lembrar da época, e aí tem colega deputado aqui que lembra disso, quando eu consegui aprovar, na Assembleia Legislativa, a lei de recompensa a Lei da Recompensa. Foi a primeira lei de impacto que eu aprovei, aqui no estado. O que era essa Lei? Uma Lei que garantiria que quem cedesse informações contra a criminalidade, contra o crime organizado, que ajudasse na elucidação de fatos criminosos, receberia uma recompensa em pecúnia, em dinheiro por isso. Isso é uma lei que existe, por exemplo, no Ceará. Aqui no Maranhão, nós aprovamos a lei na Assembleia, mas, durante oito anos, ela nunca foi regulamentada. Por quê? Porque o secretário de Segurança à época pegou pressão das facções. O governador, que hoje é ministro da Justiça, que da mesma forma visita complexos penitenciários como se estivesse indo à Sementinha visitar as crianças, tranquilamente, sozinho, desacompanhado quase que totalmente, num local onde só o Bope entra de maneira quase que bélica, forçando a entrada, ele entra como se estivesse bem aqui na creche da Assembleia Legislativa do Maranhão. Então, esse legado de institucionalização do crime, da convivência pacífica com as facções, está aqui no Maranhão cristalizado. É preciso que hoje a Secretaria de Segurança Pública reverta essa lógica, mude a forma e parta para o enfrentamento contra essa gente, porque nós não podemos deixar as populações mais humildes submetidas a esse regime de terror todo tempo que está acontecendo, está aí, é existente. Porém, as pessoas estão colocando a sujeira para debaixo do tapete. Infelizmente, isto acontece no estado: o legado desses oito anos de insegurança. Então, fica aqui o registro. O segundo registro que eu preciso fazer é em relação à Prefeitura de São Luís. Nós precisamos que a Prefeitura de São Luís tenha um olhar cuidadoso com a saúde da cidade. Está aí o tempo todo o prefeito fazendo festa, “pipipi, popopo”, em rede social, que vai inaugurar o Hospital da Criança novo, com a mesmíssima quantidade de leitos, os mesmos 105 leitos, não vai aumentar a capacidade operacional do hospital, o que é uma temeridade, por quê? Porque tem criança no balde aí no corredor, da mesma forma que eu estou com paciente conhecido, há dois dias, com fratura, lá no corredor do Socorrão, sentado em uma cadeira, e a prefeitura, que recebe um recurso significativo para fazer média e alta complexidade, não consegue resolver o problema, minimamente, da regulação para colocar o paciente pelo menos fora da humilhação do corredor. Eu pergunto: prefeito, até quando vai ter a humilhação do corredor aqui na cidade de São Luís? Recurso está vindo, a prefeitura está de cofre cheio, empapuçada, tem R$ 400 milhões aí prestes a serem derramados na pré-campanha, para fazer rua de maneira generalizada, asfaltar a cidade toda, a velha tática de sempre dessa política tradicional tão nefasta de, no ano da eleição, trabalhar e se reeleger, buscar reeleição, mas depois a gente sabe o que acontece, lamentavelmente. Três anos de serviço, três rotatórias, ali na região da Holandeses. É o novo PH. Existia o grande PH, o jornalista social Pergentino Holanda e agora existe o “PH” de São Luís, o novo, que é o “Prefeito da Holandeses”. Uma rotatória por ano. E aí o básico de transformação da cidade, o quê? Um asfalto ali, um asfalto aqui, uma ou duas obras de drenagem, pinta umas escolas, mas vamos ver os resultados educacionais. Eu desafio alguém aqui a levantar a mão e dizer o nome da secretária de Educação do município de São Luís. Não tem. Não tem. Ninguém conhece. Por quê? Porque não tem trabalho. Não tem trabalho. É uma gestão que se notabilizou pelo Instagram. Olha, isso aí é nota dez! Se tem uma coisa que é nota dez na prefeitura atual, é a gestão do Instagram do prefeito. Eu queria realmente o telefone desse social mídia, porque é muito competente. Você está de parabéns, está conseguindo manter a popularidade, no Instagram, porque a cidade continua com os mesmos problemas. Não foi enfrentado a questão dos ônibus. Quase 90% da população abomina o nefasto sistema de transporte público da cidade. Não conseguiu resolver, minimamente, a relação com a Caema. Não deu nenhum encaminhamento de solução. Não conseguiu resolver problema das praias, nunca puxou para si a gestão das praias. Não conseguiu modernizar o sistema tributário da cidade. Está de cofre cheio, porque segurou, ano passado, as receitas, as transferências que foram mais generosas em termos de FPM, no ano passado, e não teve modernização nenhuma para cidade. Você vai numa Secretaria, gente, dá pena. Vá lá! Vá na Secretaria buscar um serviço público, em termos de modernização, vá ver o desânimo completo dos funcionários, dentro da administração pública, não existe, não tem, não tem nenhum tipo de satisfação em relação a isso. Então é uma gestão, com devido respeito, de mediana para ruim, mais do mesmo, e São Luís precisa avançar muito mais. Então, fica esse apelo, principalmente, na condição de médico, é desesperador o que está acontecendo nos Socorrões de São Luís. Os funcionários enchem minhas caixas de mensagem, enchem meu WhatsApp, porque sou amigo das pessoas desses hospitais. As pessoas não aguentam mais a gestão e, além de tudo, ainda tem a perseguição, é terrorismo. Parece muito com terrorismo comunista, em relação a isso aí, guarda muitas semelhanças a gestão na saúde, lamentavelmente. E o terceiro ponto, já abordando aqui uma pauta nacional, ontem, nós tivemos a notícia da indicação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, e, claro, vai ficar abrir, muito provavelmente, se ele conseguir lograr êxito no intento de se tornar ministro do Supremo por estar sendo cuspido da política de volta para o Judiciário, como prêmio de consolação, um bom prêmio de consolação, diga-se de passagem, mas prêmio de consolação, está indo para o STF, a cadeira do Ministério da Justiça está vaga. E aí existe um postulante que se a gente tivesse, como o ministro gosta de falar dos Vingadores, eu vou falar hoje do martelo de Thor, Mjölnir. Para levantá-lo, a pessoa tinha que ser digno “do cargo”. Então, para conseguir o “Mjölnir” do Ministério da Justiça, nós precisamos de alguém digno, com as características, com tamanho, com envergadura. Então, quem conseguiu levantar o martelo de Thor? O Capitão América e o próprio Thor. Em Thor, amor e trovão, a namorada do Thor conseguiu. Mas tem alguém que quer ser o Thor, é até louro que nem o Thor, tem os olhos verdes que nem o Thor, mas não tem a dignidade de Thor para levantar o martelo, que é o Ricardo Garcia Cappelli. Ontem, foi colocada uma matéria falando que a Polícia Federal é completamente fechada em relação a um ponto. Cappelli não tem envergadura para o cargo de ministro da Justiça, porque é perseguidor, é militarista, é revanchista. Se era ruim com Flávio Dino em termos de perseguição, vai ficar 10 mil vezes pior. Mas eu preciso trazer para a análise da sociedade brasileira e vou marcar aqui vários deputados federais e senadores para que entendam o que está acontecendo. Há fortes indícios de que Cappelli tenha falsificado o diploma de graduação e pós-graduação ou se formado mediante fraude. Ontem, eu recebi o diploma, após meses de pedido do Ministério da Justiça. Capelli se formou, supostamente, em 2010, na faculdade Unieuro, em Brasília. Vejam só, em Brasília. O curso de Jornalismo que Cappelli fez só foi reconhecido em 2011. Está bem aqui a portaria de reconhecimento do curso em janeiro 2011. O primeiro Enade do curso que Cappelli fez, Comunicação Social e Jornalismo, foi de 2012. Está bem aqui. E, estranhamente, gente, ele conseguiu algo que nem Mister M e nem Thor talvez, com o Mjölnir, fazendo essa ida e vinda super-rápida com martelo, voando, porque Thor voa. Ele foi de 2005 a 2008, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social da Prefeitura de Nova Iguaçu. Que é isso? Nova Iguaçu, faculdade em Brasília, trabalho no Rio de secretário de Desenvolvimento Econômico. Como assim? Aí, em 2009, ele começou a ser membro de um comitê de patrocínios da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura. Só que, estranhamente, o curso de Jornalismo é um curso com duração mínima, naquela época, de quatro anos. Então, tem uma impossibilidade física aqui. Mas V. Ex.ªs. querem ver como o negócio é pior ainda do que a gente está imaginando?! Eu recebi também isso aqui que diz que é o certificado que ele tem de uma especialização em Administração Pública, na FGV. A FGV tem aqui, oh, a EPGE e a EBAPE  FGV. Tanto a EPGE quanto ao EBAPE  ficam no Rio de Janeiro. Mas,  gente, eu vou voltar. Pera aí apertar o  RW aqui. Rewind, rewind aqui. Nesse período Cappelli, de 2009 a 2013, era diretor de Incentivo e Fomento e presidente da Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte. Trabalhava com Orlando Silva, foi até investigado pelo TCU em relação aqui a fatos estranhos da Lei de Incentivo. Deputado Neto, ele estava em Brasília trabalhando, mas fez uma especialização, de quatrocentas e trinta e duas horas,  que eu verifiquei que ela é minimamente cumprida, está aqui no site da FGV, em 17 meses. E,  estranhamente, todo diploma da FGV, ele tem no verso o histórico e a carga horária, as notas. Estranhamente, aqui só  me mandaram a frente, do Ministério da Justiça, não tem nenhum identificador do diploma. Então, minimamente, o Cappelli  precisa entregar os históricos escolares dele, porque senão nós podemos ter um aspirante a cargo de Ministério da Justiça, de ministro da Justiça com falsificação de documentos e, eventualmente,  enquadramento até estelionato, porque está usando isso para chegar a um fim. Então,  pode inclusive se questionar o estelionato nessa situação. Então, ele, na qualidade de homem público, precisa parar de pedir para o jornalista Garrone ficar perseguindo a minha mãe e ser homem da mesma forma que eu sou. Parar de ligar para as pessoas, aqui do Maranhão, para pressionar e me ligar, porque é coisa de moleque isso. Eu sou  homem para assumir o que eu faço. Eu sou homem para assumir as minhas palavras. Cappelli, você é covarde, você é covarde, cara, vem para cima, papai, vem, papai, está aqui agora te explica, explica, Mister M, Thor, como é que tu estás em Brasília fazendo uma pós, no Rio, e como tu trabalhas no Rio, fazendo uma faculdade, em Brasília? Não vê que isso não é uma coisa normal, razoável, será que não tem uma pós-graduação, em Brasília? Uma cidade de estudos avançados. Será que não tem uma faculdade, em Nova Iguaçu, gente, para ele fazer a faculdade, lá em Brasília? Então, ficam os questionamentos e você tem o dever de se explicar. Quer ser postulante ao Ministério da Justiça, seja! Politicamente, você tem direito de postular. É secretário-executivo, tem direito de postular, agora, venha a público e se explique, mostre os seus certificados, mostre a sua formação, porque o que todo mundo diz é que nunca lhe viram pisando na UNIEURO, nesse período que você alega ter feito faculdade. Muito obrigado.

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