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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Presidente, eu vou começar esse pronunciamento muito feliz aqui. Acredito que meus colegas estejam também. Deputado Rafael, nós vamos poder até agora levantar, elevar o nível dos debates nessa Casa, porque a estrutura de saúde, se alguém passar mal agora, ali está completa. Pode subir pressão que o negócio está ajeitado lá embaixo. Brincadeiras à parte, quero parabenizar a Mesa Diretora, a Presidente Iracema por conta dessa belíssima obra, belíssima. E por belíssima eu posso falar um aparelho clínico que está ali em nível de hospitais particulares da cidade de primeira linha. Então muito bom mesmo os servidores da Casa poderem contar com isso. A gente está esperando para o ano que vem muitas melhorias aqui na Escola Sementinha também, na Escola do Legislativo, enfim, avanços dentro da Assembleia Legislativa do Maranhão. Segundo ponto do pronunciamento que hoje, felizmente, deputado Fernando Braide está aqui acompanhando pelo virtual, finalmente, eles vão fazer inauguração do Hospital da Criança. A obra que começou em 2013, ou seja, o Hospital da Criança, deputado Osmar, já estava chegando na adolescência e não terminava a obra. Imagina, ia ter, talvez, eventualmente, que mudar até o nome do hospital, porque foram 10 anos e 8 meses, aproximadamente, de reforma interminável, para a gente chegar, deputado Florêncio, nos mesmos 105 leitos em que ele está. A população da cidade aumentou. Nós temos hoje um atendimento de crianças com casos cada vez mais graves, à medida que vai melhorando o cuidado do neonatal, as crianças vão nascendo cada vez mais aí com possibilidades de terem outro tipo de doenças. Então, o hospital nasce pequeno para grande problema, infelizmente, mas, de toda forma, já é melhor do que aquela condição humilhante que se arrastava há 10 anos e 8 meses, que passou por governo de Edivaldo, passou parceria com o governo Flávio Dino, voltou para a Prefeitura do Eduardo Braide. Ah, vai inaugurar! Não inaugura. Vai e volta e termina que, finalmente, parece que vai inaugurar. A obra, obviamente, quando eu passei lá não estava com aquele padrão de acabamento adequado para um hospital que a gente imagina, né? Desde as paredes, revestimento ali, não vai até o teto todo, a gente já vê que é uma obra que, no longo prazo, vai ter problemas com ela. E, para finalizar aqui, tendo em vista que é Pequeno Expediente, eu não poderia deixar de manifestar minha preocupação com uma matéria que eu li pela manhã. Cara, isso aqui é de cortar o coração. Sete em dez alunos, no Brasil, não sabem o mínimo de Matemática, diz “prova mundial”. Sete em cada dez. Setenta por cento. Isso aqui é uma barreira para vida muito grande. Imagina, aqui no Maranhão, que nós estamos, geralmente, educacionalmente, sempre ali nas posições intermediárias para baixo. Então, sete a cada dez estudantes brasileiros, de quinze anos, não aprenderam o mínimo esperado em Matemática, mostra o Pisa 2022. Alunos que não sabem resolver conta simples. Para se ter ideia, no Brasil, 73% dos alunos têm baixo desempenho em Matemática. No OCDE, que é o clube dos países ricos, 31%, ou seja, nós estamos aí praticamente, duas vezes e meia pior. Isso é uma situação que é alarmante. Isso precisa de atenção integral da política nisso aqui. E, claro, obviamente, da classe dos professores, que a gente tem que ir também para além de certas discussões que sempre são pautadas aí, em relação principalmente, apenas a salário, mas vamos pensar também dentro da escola, do resultado desses alunos, o que a gente pode fazer. Apenas 1% do Brasil obtiveram os melhores níveis de rendimento. Melhor país em todas as matérias: Singapura, impressionante, deputado Osmar, o que esse pessoal está conseguindo fazer, lá para o Oriente, em termo de disciplina e resultados de disciplina. Por isso que eles crescem, a passos gigantescos. Então, o Pisa mede resultado de Matemática, Leitura e Ciências. Metade no Brasil, por falar em leitura, aqui no Brasil, que é uma coisa importantíssima, dada a disseminação de fake news. Pedir só mais um minuto para a Presidente, para concluir o pronunciamento, dada a relevância dele. O Brasil reteve um desempenho um pouco melhor nas habilidades de leitura e ciências, mas ainda assim, abaixo da média. 50% dos estudantes não conseguem encontrar a ideia principal de um texto. Está aqui um jogo, vamos jogar uma moeda, um par ou ímpar, metade dos brasileiros não sabem, não conseguem entender o que estão lendo. Isso é uma a piora evolutiva da coisa. É um celeiro fértil para todo tipo de pensamento ruim, de mau pensamento dentro da sociedade. 50% dos estudantes brasileiros não conseguem encontrar a ideia de um texto, a média geral é 26%. Então, obviamente está claro que o Brasil falhou em termo de educação. E eu não vou discutir isso aqui A, B, C ou D. Isso aqui é uma coisa histórica que tem só piorado. E nós estamos deixando as nossas crianças e adolescentes todo dia aí jogados a mercê de aparelho celular. A nota do Brasil em leitura caiu de 413 pontos para 410 de 2018 para a última edição, ou seja, continua sem avançar, e isso é preocupante. Teve a pandemia aqui no meio, que foi um golpe duro no sistema educacional, mas é gravíssimo. O Pisa confirmou, então, dizem os especialistas, que a pandemia impactou os resultados de aprendizagem no mundo todo. Então, se foi no mundo todo, precisa de um esforço coletivo mundial para que, de fato, nós possamos retomar um caminho de melhoramento do ensino e da aprendizagem dos nossos jovens. Se a gente deixar aqui de maneira preguiçosa, relapsa, os nossos jovens, as nossas crianças irem para a escola, voltarem como estão voltando, nós não temos ideia do que vai ser construído a longo prazo, uma sociedade realmente cada vez mais dimórfica. É preocupante tudo isso aí. Fica aqui esse registro. Muito obrigado.