29/02/2024 - Pequeno Expediente Carlos Lula Carlos Lula

Carlos Lula

Aniversário: 31/03
Profissão: Advogado, professor e escritor

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O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) – Excelentíssimo Senhor Presidente, senhores Deputados, senhoras Deputadas, eu subo a essa tribuna mais uma vez para falar do assunto que tomou conta do noticiário político dos últimos dias e, de maneira oportuna, eu subo aqui para tentar esclarecer alguns pontos que se tornaram polêmicos em razão da abertura da vaga para preenchimento da vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Então, na ocasião em que ocupei o grande expediente na terça-feira e anunciei minha candidatura, muita coisa foi dita, eu recebi muitos apoios, muitos. Recebi também críticas e elas fazem parte do processo democrático. Mas eu queria dizer que a democracia avança quando a gente respeita e entende as divergências naturais existentes de um parlamento. Aqui não é uma ciranda de roda. Aqui não é uma casa de amiguinhos. Obviamente a gente tem respeito a todos que compõem esta Casa, aos 42 deputados e deputadas que estão aqui a representar a população do Estado do Maranhão. E tenho uma relação muito amistosa mesmo com quem diverge frontalmente de mim nos temas mais espinhosos e complexos. Mas isso não quer dizer que a gente tenha o tempo todo de ser uma massa uniforme, homogênea e com um único modo de pensar e agir. Eu tenho insistido nas minhas entrevistas, Deputado Neto, que o lançamento da minha candidatura não significa o rompimento com o governo Carlos Brandão. Eu sei das qualidades do Governador enquanto homem público, mas o gesto como o que eu fiz não pode e não deve ser interpretado além daquilo que realmente comunica, com a vontade legítima e soberana de autonomia e independência da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão. Obviamente que a gente, quando disputa uma eleição, não se apega a nomes, mas a princípios, não se apega a cargos, mas a modo de construção da vida das pessoas. Quando esses princípios divergem, a gente vai estar em outro campo. Por hora eu estou no mesmo campo do Governador Carlos Brandão. E eu quero dizer que esse gesto aqui nessa Casa a gente não está tratando de uma novidade. O meu gesto não é o primeiro e muito menos o último, Deputado Glalbert. Desde 88, cinco deputados estaduais ocuparam a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas. Eu cito aqui o Deputado Nonato Lago, o Deputado Iêdo Lobão, pai do meu grande amigo, Aristide Lobão, Jorge Pavão, o pai de V. Ex. ª, Conselheiro Edmar Cutrim e, por último, o ex-deputado, ex-presidente desta Casa, Deputado Marcelo Tavares. Então, eu quero dizer aqui que o anúncio da minha candidatura não inviabiliza a disputa, ela não prejudica o processo institucional e muito menos representa qualquer tipo de constrangimento a esta Casa ou ao Poder Executivo, pelo contrário, eu acredito que aqui, nesta Casa, a gente poderia ter diversos deputados até com currículos melhores que eu, com qualidades melhores que a minha. Eu posso citar aqui o Deputado Ariston, o Deputado Arnaldo Melo, o Deputado Neto, a Deputada Andreia Rezende, o Deputado Yglésio, que tem um vasto currículo que vai da Medicina ao Direito, enfim, eu poderia citar vários, e era legítimo que alguém eventualmente se manifestasse. Eu tenho afirmado e reafirmado que se trata aqui de um movimento democrático, transparente, legítimo e que, em último caso, assegura prerrogativas fundamentais do Poder Legislativo enquanto poder constituinte da nossa democracia. Há uma frase talhada no plenário desta Casa que estava talhada na Casa na Rua do Egito, Deputado Rafael, e que a gente lê todo dia. A gente se esquece dela às vezes, mas ela não está aqui por acaso. E eu acho que ela calha bem aqui neste Parlamento, porque todos os deputados, das legislaturas passadas e das legislaturas vindouras, devem se lembrar dela: “Não há democracia sem parlamento livre”. E, se defender o Parlamento Maranhense, Deputado Ariston, é um equívoco, então eu não faço nada a não ser estar certo. Eu não faço questão de estar certo! Se defender o Parlamento Maranhense é um equívoco, Deputado Nagib, eu não faço questão de estar certo. Se garantir as prerrogativas do Parlamento se configura como errado, eu não quero trilhar o outro caminho. Eu reafirmo mais uma vez, Deputado Aluízio Santos, eu sou candidato e não faço esse movimento em meu nome, porque a política não é pautada em atributos, em interesses individuais. Eu estou deputado de maneira circunstancial, assim como eu estive secretário por um período, mas uma coisa não me escapa, eu sou um servidor público desta Casa, inclusive, há 18 anos. Assumi o serviço público por meio de concurso público de provas e títulos. Sou o servidor público do Maranhão e a serviço do povo do Maranhão. É o exemplo que eu dou para os meus filhos e que espero que meus filhos possam transmitir a meus futuros netos. O bom caminho da política nem sempre é o mais fácil. Os anos de secretaria me ensinaram que é sempre mais difícil fazer o que é certo. E o que é certo nem sempre é o que é o mais simples. E eu tenho certeza de que o caminho da política nem sempre ele é fácil, mas tenho certeza que o caminho que trilhei é o caminho da justiça. Só pra repetir e já concluir, Presidente. O caminho da política não é o caminho mais fácil, mas é o caminho da justiça e Deus não há de faltar aos justos. Sigo candidato à vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão e tenho certeza que essa candidatura representa o espírito dessa Casa, obrigado.

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