21/03/2024 - Pequeno Expediente Carlos Lula Carlos Lula

Carlos Lula

Aniversário: 31/03
Profissão: Advogado, professor e escritor

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O SENHOR DEPUTADO CARLOS LULA (sem revisão do orador) – Excelentíssimo senhor presidente, senhores deputados, senhoras deputadas, hoje, a gente celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down, dia de celebrar, portanto, a necessidade de a gente entender que somos iguais. A trissomia do cromossomo 21, durante muito tempo, significou exclusão, significou não entendimento, significou afastamento dessas pessoas do convívio social. E é muito bom que a gente possa celebrar no dia de hoje o entendimento e a compreensão de que uma trissomia em apenas um dos nossos cromossomos não faz da gente pessoas diferentes. E eu falo isso, Deputado Arnaldo, porque ontem houve nesse parlamento uma discussão sobre ser de esquerda ou ser de direita, e é fundamental e necessário dizer que isso é da sociedade. É natural que assim o seja, que a gente tenha parlamentares que se sintam mais à vontade perfilhando dogmas, ideologias da direita ou da esquerda ou até do centro, porque na sociedade também assim acontece E quero dizer, com muita tranquilidade, no coração, que é ótimo que a gente tenha essa pluralidade, aqui na Casa. Há muitos parlamentares cujo o caminho de vida é natural que façam essa caminhada pela direita; e a gente tem de respeitar, eu respeito muito. Eu posso citar aqui dois: o Deputado Ricardo Seidel, a Deputada Mical Damasceno, é natural que, por sua trajetória de vida, eles se perfilhem à direita do espectro político. É justo e é legítimo e eles são representantes legítimos desse espectro, aqui no Parlamento. É natural que assim o seja. Assim como é natural que outros parlamentares, em razão de sua história de vida estejam mais à esquerda. Possam entender que a desigualdade é o desafio que a gente tem para combater na sociedade. E falo isso, Deputado Arnaldo Melo, porque, no dia de amanhã, a gente vai ter mais um Ministro no Governo Lula. Governo ao qual o Governador Carlos Brandão é muito agradecido. Portanto é um amigo que vai estar anunciando mais um programa do governo federal, que vai revolucionar a vida de quem mais precisa, que é o Programa Pé-de-Meia do Governo Federal. A gente tem um problema no Ensino Médio do Brasil. A gente tem uma evasão muito grande. Os últimos números do Enem têm revelado que as pessoas terminam o ensino médio, mas não têm perspectiva para o futuro, elas sequer estão fazendo Enem. O programa Pé de Meia, deputado Arnaldo, vem dar para os alunos de baixa renda R$ 200 por mês, em 10 parcelas anuais. Se ele passar e tiver 80% de presença pelo menos naquele ano, ele recebe uma poupança de R$ 1 mil ao final dos três anos de ensino médio. Ele pode chegar a receber R$ 9,2 mil, R$ 3 mil por ano, R$ 2 mil para ele gastar naquele ano, R$ 1 mil de poupança e, eventualmente, mais R$ 200 se ele fizer o Enem. São R$ 6 mil para gastar durante três anos e mais R$ 3,2 mil como uma poupança que fica para ele iniciar sua vida após o ensino médio. São programas bem desenhados como esses que atacam os problemas reais da população brasileira, que atacam de fato o problema do menino de ensino médio de ir para escola, mas não ter perspectiva porque ele vai precisar trabalhar, ele não vai conseguir mais estudar. A gente precisa formar pessoas, a gente precisa que ele continue estudando, seja no ensino técnico, seja no ensino superior. Ele precisa continuar se formando, e programas como esses me fazem acreditar que o caminho é pela esquerda, é reduzir desigualdade, é caminhar para reduzir desigualdade, deputado Arnaldo, porque o que mais dói no meu coração, deputado Arnaldo, é voltar ao povoado em Colinas, onde minha mãe nasceu, e olhar que ela já foi uma daquelas crianças que não tinham acesso à energia, que não tinham acesso à água, que tinham dificuldade para estudar, mas ela conseguiu se formar. Eu não passei o que ela passou, mas não dá pra eu voltar 60, 70 anos depois e olhar crianças na mesma situação em que ela esteve 70 anos atrás. A gente tem de considerar isso um horror. Não dá para uma criança, em um povoado no estado do Maranhão, ter dificuldade de procurar acesso à educação. Se isso não for a principal bandeira para essa Casa, se isso não for a principal bandeira para todos os políticos, que é reduzir essa brutal desigualdade do país. Não dá para minha mãe ter sido uma sorteada, uma sortuda dentre aquelas crianças, porque há tantos que conviveram com ela que ainda estão lá no povoado. O programa Pé de Meia, o governo Lula que trouxe o Minha Casa, Minha Vida, que está trazendo o programa Pé de Meia, mas que trouxe o Luz Para Todos, eu acredito que esse é o caminho para o Brasil diminuir desigualdade, diminuir nossa pobreza, para a gente ter outro Brasil e o outro Maranhão. Obrigado.

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