02/04/2024 - Pequeno Expediente Neto Evangelista Neto Evangelista

José Arimatéa Lima Neto Evangelista

Aniversário: 08/06
Profissão: Advogado e Empresário

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O SENHOR DEPUTADO NETO EVANGELISTA (sem revisão do orador) - Senhor presidente deputado Davi Brandão, senhores deputados, senhoras deputadas, todos que nos acompanham. Eu venho hoje a esta Tribuna só para tratar, deputado Lula, e agradeço a citação, de um tema muito importante, tão importante é, que é um debate mundial, não é um debate local. Que é o dia hoje, 02 de Abril, o Dia da Conscientização do Autismo. E obviamente uma bandeira nossa, dentro desta Casa, a gente não poderia deixar de passar, de relatar a importância deste dia para todas as famílias que têm um autista dentro de casa. E eu confesso, deputado Carlos Lula, mais do que qualquer direito que a gente busque para as crianças, os adolescentes, os adultos autistas e V. Ex.ª falou um negócio muito interessante de que a cada dia estão sendo diagnosticadas mais e mais pessoas com Transtorno do Aspecto Autista. Obviamente, que as políticas públicas, talvez não consigam alcançar a velocidade de autismo diagnosticado, no Brasil inteiro, mas vale ressaltar que, aqui no Maranhão, algumas prefeituras já têm algum trabalho voltado nesse sentido e que o Governo do Estado acabou abarcando todo esse serviço de tratamento, deputado Florêncio Neto, que é principalmente de responsabilidade inicial dos municípios, mas o Governo do Estado, e eu sei que esses serviços iniciaram na sua época como secretário, deputado Lula, e hoje o governador Brandão tem ampliado consideravelmente, inclusive está nesse momento reformando uma casa que trata sobre o autismo, aqui na capital, São Luís, deputada Andreia, mas, independentemente das conquistas que nós já tivemos, eu podia relatar aqui, por exemplo, a Sessão Azul nos cinemas, que é uma lei nossa que garante, uma vez por mês, nos cinemas de todo Maranhão, sessões especiais adaptadas para pessoas com TEA, o que permite a circulação dentro da sala de cinema, diminui a luminosidade da tela, diminui o som, retira a propaganda e permite que os pais tenham condições de levar os seus filhos, de forma digna, para uma sessão de cinema. Eu poderia relatar aqui que nós iniciamos todo o debate do laudo permanente para a pessoa com TEA. Eu podia relatar aqui que nós temos hoje uma lei estadual. Somos um estado pioneiro na proibição da soltura de fogos de artifícios acima de 100 decibéis, diminuindo bastante a soltura desses fogos com as campanhas de conscientização que nós fizemos. Deputado Júlio, essa campanha deve ser permanente, a campanha de conscientização sobre o autismo deve ser permanente e diária, porque, diariamente, são infringidos os direitos das pessoas com transtorno do aspecto autista. Eu queria falar algo a mais, que vai além apenas das pessoas que têm o transtorno, eu queria falar dos pais, principalmente das mães, porque são elas que, em inúmeros casos, na sua grande maioria, são mães que viram mães solo, porque o pai muitas vezes acaba abandonando o lar. Existem exceções, obviamente. Existem exceções das exceções, como é o caso do amigo, colega e advogado Eduardo Beckman, vice-presidente da Comissão do Direito dos Autistas na OAB, que ele não teve um filho autista, mas casou com a mãe de uma criança autista que ele trata hoje como filho, mas a grande maioria, deputado Glalbert, é mãe solo. A gente naturalmente acaba voltando o nosso olhar, o nosso trabalho, o nosso debate para as pessoas que têm o transtorno do aspecto autista, mas nós não podemos deixar, deputado Júlio, de falar daqueles que dedicam a sua vida, a sua vida por completo, para cuidar, para acompanhar, para dar o mínimo de dignidade para os seus filhos, que são os pais, na sua maioria as mães. E nós, Poder Público, temos que ter uma atenção muito especial a essas pessoas, porque, além da luta diária, para que eles possam não permitir que seus filhos sejam excluídos, eles têm outras lutas. Além do preconceito que parte da sociedade tem, eles lutam, aqueles que têm planos de saúde, lutam diariamente com os planos de saúde para os tratamentos serem garantidos. Aqueles que não têm planos de saúde, que dependem da rede pública, lutam diariamente para que o seu filho possa ser atendido. Se essas pessoas não tiverem a atenção do Poder Público, serão elas que estarão na fila dos hospitais buscando atendimento, sobretudo o atendimento psicológico. Isso deve ser dito. Isso deve ser tratado com seriedade e deve ser tratado como prioridade, porque a sociedade civil tem se mobilizado cada vez mais. Eu quero destacar, inclusive, o trabalho da AMA -Associação dos Amigos dos Autistas, que é dirigida pela amiga Telma, que faz um trabalho belíssimo com os autistas não só em São Luís, mas em todo o Maranhão. E várias AMAs estão sendo criadas nos municípios e elas fazem um trabalho conjunto permanente de luta diária, de conscientização das pessoas. E nós temos a obrigação de abraçar essa causa, de abraçar esses pais, de abraçar essas mães, de abraçar essas crianças. E dizer a toda a sociedade que eles estão aqui, que o mundo também é azul, que eles precisam também que seus direitos sejam garantidos e que eles precisam, acima de tudo, ter um olhar da sociedade mais humano, mais sensível para que eles possam viver bem, tendo todos os seus direitos garantidos, direitos esses previstos na nossa Constituição. Portanto, Senhor Presidente, para concluir, hoje, dia 02 de abril, Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, eu quero dizer que não ficará apenas no dia dois. Já é uma bandeira minha já de muitos anos, mas nesse mês todo de abril serão ações voltadas para a conscientização sobre o autismo aqui no estado do Maranhão. Obrigado, Presidente. E eu não posso deixar, Presidente, de destacar a luta de uma mãe militante, aguerrida, que sorri, que chora e que luta muito pelo seu filho e por todos os filhos autistas que têm no nosso Estado, que é a minha amiga Poliana Gatinho, militante forte, determinada e aguerrida, que eu tenho certeza que trará bons resultados com uma representatividade importante na Câmara Municipal de São Luís a partir do próximo ano. Obrigado, Presidente.

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