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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos, senhoras e senhores! Eu não poderia deixar, ao subir na tribuna, de falar um pouquinho sobre a minha visão a respeito do que aconteceu nesse final de semana no Município de Araioses. É nada mais nada menos do que uma manifestação dessa nossa cultura, infelizmente, da falta de cultura, a cultura do suposto ter ou do “você sabe com quem está falando”, que a gente vê tanto nas aulas de sociologia. Inclusive quando eu fiz a faculdade de Direito, foi uma coisa que abordamos num trabalho, “você sabe com quem está falando?” Lamentavelmente existem pessoas como essas que apareceram no vídeo. Essa senhora que apareceu no vídeo, que aparece comemorando ter liberado motos. Dizer que ligou para o secretário Márcio Machado, eu, pelo que eu conheço do Márcio, não me parece que ele pediria pra fazer uma coisa dessa, até porque, deputado Othelino, parente a gente sabe como nossos parentes são, e como nossos parentes são, a gente sabe no que mexe e no que não mexe, quando um parente vai fazer alguma coisa ou tomar alguma situação. Então, acho assim, que o governo, nesse caso, deveria ter se posicionado de uma outra forma, mas não acredito que tenha, de fato, dado comando pra liberar uma blitz, por conta de uma senhora daquela ali. Mas, a gente não pode ser incoerente, não podemos subir à tribuna, 07, 08 anos aqui dizendo que é contra apreensão de veículo, e ir aqui no dia, cobrar explicações. Eu sou contra, eu inclusive, quando eu não era deputado, no ano, deputado Othelino, no ano que me elegi, inclusive, eu tive o desprazer da minha esposa, que teve uma pré-eclâmpsia, voltando do hospital da UDI, nós a 500 metros da nossa casa, porque eu tinha trocado o carro dela, eu já estava com a placa dentro do carro, só que a placa só chegou, sexta à tarde, não tive como ir ao Detran para fazer a colocação da placa. Um coronel, dito aí, Magalhães, ele colocou, deixou a minha esposa a 500 metros de casa, tirou minha esposa com a pulseirinha da UDI Hospital, colocou ela, fez o maior escândalo, tratou mal. E nós fomos até em casa num táxi, até lá, como Deus é bom, Deus sempre faz justiça por nós, a vida desse cidadão na corporação, nunca mais foi a mesma, depois disso aí. Porque é uma pessoa sem coração. Como eu acho que é sem coração você realmente tirar uma moto de uma pessoa, olha, os dados de hoje: “Maranhão tem um milhão e duzentas mil pessoas no Bolsa Família, Estado pobre, 640.000 empregos com carteira assinada. Então, a pobreza é nossa vizinha do dia a dia, aqui é uma bolha, nós vivemos numa bolha. As pessoas lá fora, quando compram um botijão de gás, vai 15% da renda dela, um botijão de gás. Quando compra hoje um pacote de arroz a R$40,00 reais, depois que fizeram “L”, nós estamos falando aí de 4%, 5% da renda da pessoa, no mês, para comprar um pacote de arroz. Então, tem que ser revista essa questão de apreensão de motos e combatida essa cultura do você sabe com quem está falando. Aqui, nós chegamos aqui, a maioria dos deputados tem essa conduta aqui: chega aqui no refeitório, ninguém passa na frente de ninguém, porque é o certo, não há o que se discutir. E lá fora também, eu tenho certeza que a conduta da imensa maioria é de respeitar as filas, respeitar o direito, e assim fazer. Mas, agora, mudando de assunto, deputado Fernando, se V. Ex.ª quiser ficar, interessante pronunciamento, é sobre Páscoa, nós tivemos a Páscoa, Semana da Páscoa, no domingo. Nós temos figuras aí que são figuras acessórias, lendárias. Semana passada, o deputado Carlos Lula trouxe uma reflexão interessante sobre os testudões, testudinidas, esquilonóides denticulatas, vulgo jabuti. E hoje eu faço uma reflexão sobre o coelhinho da Páscoa, que é uma lenda alemã, do século XVI. O coelhinho da Páscoa, ele não põe ovo, quem põe ovo é a galinha, mas ele leva fama, da mesma forma tem sido o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, que tem agido como coelhinho da Páscoa. Ele pega o Socorrão II, reforma e diz que está construindo um novo. Foi muito bem trazido por uma fonte importante da imprensa, na semana passada, que ele fez uma lei dizendo que estava gratificando professores por cargo de direção. O coelhinho da Páscoa pegou o ovo da galinha e na verdade era o quê? Cargo de direção passa a ter obrigação de trabalhar 40 horas, ou seja, não foi aumento de salário ou de gratificação, aumentou a carga horária com a necessária contraprestação pecuniária devida. Nada de novo. Mais mídia. Vai para a coisa que a gente fala sempre: governo maquiagem. E fica aqui o meu repúdio também às pessoas que participaram de uma trama vergonhosa. Deviam ter vergonha mesmo de fazer oposição ao título de cidadania a Michele Bolsonaro aqui a medalha, porque foram pessoas que na CCJ votaram a favor do título do Alckmin.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO DAVI BRANDÃO - Libera o áudio do deputado Yglésio. Eu peço que conclua. Tem um orador inscrito.

O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO - Só para concluir. Então, votaram no do Alckmin. Eu votei sabe por quê? Porque eu tenho educação, minha mãe me deu educação. Eu não vou fazer uma descortesia aqui de querer impedir. Eu posso registrar meu voto contrário, como registrei o do Alexandre de Moraes, mas não vou manobrar jamais, por quê? Veio aqui o Ricardo Capelli, que é um inimigo, ele se considera, porque eu até brinquei com ele outro dia, mas ele tem um coração rancoroso, eu vi aqui e não fiz nada na festa dele. Veio aqui o Flávio Dino, não passei nem perto, porque respeito as pessoas. Contra os que estão aí tentando articular manobras no TER, achando que vão prejudicar os meus sonhos, os meus desejos e o que Deus plantou no meu coração, só posso responder com Eclesiastes 3: há tempo para tudo e tudo nesta terra, determinado por Deus, com propósito, vai acontecer. E nada do que vocês fizerem vai me atingir e nenhum dos ataques vai prosperar. Muito obrigado a todos.