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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - Bom dia a todos. Senhoras e senhores, hoje, é um dia de muita satisfação. A gente receber a notícia “Assembleia publica edital de convocação de aprovados em concurso” para mim é uma grande alegria, porque só Deus sabe quem estava aqui na legislatura passada, o quanto foi penoso para nós atravessar aquele momento do primeiro concurso que foi feito, onde uma fundação, se valendo da boa-fé da Casa, nitidamente, praticou atos que levariam pessoas que não estavam habilitadas a assumir as vagas assumirem. Onde é que estão essas pessoas que foram aprovadas no primeiro concurso que não chegaram a nem ser classificadas em quase sua totalidade agora? O que mudou? Mudou a fundação, que fez um trabalho ético, um trabalho justo, um trabalho probo. E eu felicito os que foram convocados hoje e felicito também os que, logo, logo, irão assumir seus cargos e trabalhar aqui na Casa do povo, na Assembleia Legislativa do Maranhão. O segundo ponto que eu gostaria de tratar é em relação à perda que o Brasil está tendo de divisas, de dinheiro, de recursos para fora do país por conta dessas apostas esportivas. Olhe o dado nefasto publicado hoje. Mercado de apostas movimenta R$ 120 bilhões. A matéria traz dados da Associação Brasileira de Supermercados e Atacados mostrando que o consumo dos supermercados reduziu em torno de 20%. As pessoas já estão investindo cerca de 5% da sua renda, todo mês, em jogo, e isso é mais evidente ainda nas classes mais humildes, nas classes C/D. Infelizmente, as pessoas estão sendo levadas a um caminho de, ao invés de buscar fazer poupança, tentar jogar e isso obviamente leva à falência pessoal, a dificuldades financeiras, dentro de casa, a falta de comida, às vezes, na mesa, já está tão caro o alimento a carestia alimentar é tão grande o arroz R$ 42, a pessoa quer comprar um azeite, hoje, em dia está a R$ 35, R$ 40, está um verdadeiro absurdo. A carne, o valor reduziu, por conta de movimentos internacionais de demanda da China, reduziu lá o consumo de carne brasileira, aqui o preço caiu. Tem aí pecuarista que está pendurando a chuteira, porque pegou prejuízos milionários. Enfim, essa jogatina, essa falta de política pública contra jogo, ao contrário, o governo federal fez foi aprovar lei para legalizar mercado de apostas e de joguinhos, vejam vocês, o absurdo, mas, infelizmente, continua a ilegalidade, por quê? Porque quando o governo quer regular a empresa chinesa virtual, ele não vai conseguir. Eles ficam mudando os sites - eles ficam mudando os sites - e a partir disso, a gente não tem como fiscalizar e as pessoas continuam aí fomentando, com seu dinheiro sofrido, suado, organizações criminosas que faturam com isso, com lavagem de capitais, com associação com tráfico de drogas e tantas coisas imundas parecidas com isso. Então, fica aqui, mais uma vez, o alerta é preciso política governamental e legislativa também. Atuação firme do Congresso Nacional, o que a Assembleia Legislativa do Maranhão podia fazer, ela fez. Criou uma lei pra proibir pessoas de divulgarem, aqui no Maranhão, por quê? Porque eles influenciam de maneira indevida, com propaganda enganosa, com promessa de lucro, promessa de vida boa, de vida fácil, induzem, subliminarmente, as pessoas de que elas ficarão ricas e que andarão de Land Rover, terão bolsas da Louis Vuitton, cintos da Chanel e coisas similares, essa falsa ilusão cria nas pessoas, principalmente menos instruídas, um desejo de jogar. O jogo, como álcool, como a cocaína, como a heroína, como o crack, tende a viciar, lamentavelmente. Então, fica essa reflexão aqui sobre isso. E para finalizar, não poderia deixar de parabenizar a Assembleia Legislativa, por ter vetado uma homenagem, aqui na Casa, a essa organização terrorista, chamada MST. Mais um pouquinho, a gente homenageia o hamas, aqui na Casa, se for pensar dessa forma, porque o MST tenta invadir STF, em Brasília. MST destrói 15 anos de pesquisa em biotecnologia, aqui em 2018, invasão, na Câmara, pelo MST, em 2006, causa tumulto e deixa 24 feridos. Quantos feridos nós tivemos no 08 de janeiro? Praticamente nenhum. E tem pessoas lá condenadas a 17, 18 anos de prisão. Aqui tinham armas. Lá não tinham armas. Mas iam abolir violentamente, abruptamente, o Estado Democrático de Direito. Estão lá condenados. O MST está tentando ser homenageado aqui na Casa pelos partidos de esquerda. E fica essa reflexão. A Casa se posiciona de maneira muito decente nesse momento, porque ninguém está criticando uma homenagem à Fetaema, o trabalhador rural ele precisa de fato ser visto, ouvido, acolhido, ter os seus direitos, mas o MST não. O MST é a organização terrorista e criminosa que não merece nenhum tipo de homenagem da Assembleia Legislativa do Maranhão. Para finalizar, a gente não pode deixar de refletir dois pesos e duas medidas. Homenagear uma pessoa que tem uma luta destacada na inclusão, Michele Bolsonaro, não pode. PCdoB atravessa aqui pedindo Questão de Ordem porque ela não tem 10 anos. O Geraldo Alckmin tinha? Não tinha. Eu votei a favor, por quê? Por educação. Colega quer fazer uma homenagem a alguém que pode ter uma contribuição com o Maranhão, porque eu não defendo falta de diálogo com quem está no poder, até por isso que eu faço parte aqui da base do governo. Meu posicionamento é de direita, mas eu dialogo como o Lula, o presidente Lula, tem lá União Brasil, o PP, tem deputado do PL que vota com ele, por que aqui eu não posso votar com o governo Brandão? Não posso ter relacionamento? É inadmissível um questionamento em relação a isso, mas fica aqui a mensagem: vamos ter coerência. Ninguém quer obstar homenagem de colega, nós queremos um critério único, critério da pluralidade. Aí, sim, eu tenho certeza de que a gente vai ter sessões muito mais produtivas, que a gente não fique aqui discutindo 50 minutos, 1 hora, homenagem ou não a MST na Casa. Chegou, votou, ganhou no voto, está resolvido. Perdeu no voto, está resolvido. Façamos assim. Mas manobras para impedir Título de Cidadania por conta de convicção política é uma descortesia tremenda. Com quem é descortês comigo, eu sou descortês em dobro. Infelizmente, é como eu sou e me perdoem as pessoas que se sentem ofendidas. Muito obrigado.