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O SENHOR DEPUTADO DR. YGLÉSIO (sem revisão do orador) - O Parlamento, quando ele se levanta contra o mal, ele colhe resultados, acabei de receber uma mensagem de um informante, dentro da Feira da Cohab, me dizendo: os colombianos saíram da feira, não estão mais indo, deputado Antônio Pereira, achacar as pessoas, inclusive, de modo violento, muitas vezes, agora a tratativa é que eles estão tentando fazer as cobranças, por WhatsApp, só que isso é muito mais fácil de rastrear, isso é muito mais fácil, inclusive de coibir, isso é muito mais fácil de dizer às pessoas que se sentem pressionadas por taxas de juros de 20%, extremamente abusivas, que, às vezes, recorrem a isso por não ter mais crédito em lugar nenhum, na falta de educação financeira tem que pegar ali R$ 1.000 para tentar não fechar o seu negócio, e agora se submetendo a essa exploração absurda, nesse sistema econômico paralelo. Então, fico muito feliz de ter feito a ação na Feira da Cohab, nós vamos fazer em outras feiras, eles podem se preparar e podem colocar gente aí para perseguir, como eles estão fazendo, nós estamos vigilantes e vamos bater de frente contra vocês, vocês podem ter certeza disso, bandidos. Em relação ao que foi dito aqui pelo colega Rodrigo Lago, é importante que eu faça uma reflexão, mas uma reflexão muito respeitosa. Ele colocou aqui o bolsonarismo, extrema direita. Quando a gente chama alguém de extremista, a gente está sempre dizendo que as posições das pessoas são completamente distantes um ponto ao outro. É sempre o do contra, mas um do contra raivoso. Eu fico me perguntando, gente, a matemática de eleição, o Bolsonaro teve 49,1% dos votos. O presidente atual teve 50,9%. Foi uma diferença de menos de 1%. Quando é um sistema plebiscitário, se sobe 1%, o outro cai 1% dos votos válidos. E nós tivemos um monte, milhões de abstenções. Quem não quis um lado e quem não quis no outro. Então, assim, se metade votou de um lado e a outra metade votou de outro, eu estou dizendo mais ou menos que, a cada duas pessoas, eu digo uma delas é extremista, porque não votou no Lula. É bolsonarista extremista. Isso cria um estereótipo que, ao meu ver, tenta ser pejorativo, mas ele demonstra, revela um certo grau de ignomínia em relação à realidade dos fatos porque metade da população votou. Então, vou dizer aqui, de 8 pessoas da Mesa, provavelmente 3, 4 votaram no Bolsonaro. V. Ex.ªs são extremistas, V. Ex.ªs são bolsonaristas e V. Ex.ªs são antidemocráticos e apoiadores de atos antidemocráticos. Se o deputado Rodrigo está do lado do deputado Fernando Braide, nós estamos aí na proporção de 50% a 50%. Provavelmente, o deputado Fernando Braide é um extremista de direita, bolsonarista, que não tem por que ter relação com o governo. Então, é uma lógica filosófica que eu acho muito inadequada. Acho o deputado Rodrigo Lago um cara brilhante quando sobe aqui na tribuna de maneira geral, mas eu reparo que eu não posso deixar de fazer, porque ele é brilhante no direito, mas, assim, na matemática, a gente precisa trazer para a realidade. Imagina um país em que 50% das pessoas são extremistas. Nós viveremos em guerra. Então, nós não podemos colocar os votos das pessoas, as posições políticas para rotular, senão, vou ter que demitir ali a indicação do ministro do Esporte do governo Lula aqui no Detran no Maranhão. Fica confuso. Entre outras situações, eu vou ter que tirar aí eventualmente um deputado do União Brasil, que 60% do partido, na eleição passada, votou com Bolsonaro, do governo Lula, e vou dizer que ele não tem direito de ser líder do governo aqui na Assembleia. Mas não é! Política se faz com diálogo, pluralidade. É uma falácia que o que elegeu o Brandão foi um partido de esquerda. Ele foi para PSB porque ele foi levado ali, amarrado, porque ele estava no PSDB. O partido orgânico do Brandão é o PSDB. Ele tirou o democrático e virou socialista, para ver como são coisas, que socialismo e democracia a diferença é pouquinha, de PSDB para PSB, teve que tirar a “democracia”. Por quê? Porque precisou do apoio do governador. E isso é política. A política real. Não é a política do discurso diferente da prática. E é esse convite que a gente faz à razão para os colegas aqui na Casa sempre, respeitando o posicionamento do Deputado Rodrigo Lago. Acho que cumpre seu papel dentro da sua corrente ideológica. Está certo em vir trazer a tese, mas precisa da antítese para poder realmente chegar à verdade. E a gente tem certeza que caminha com a verdade, que sempre caminhamos e sempre caminharemos. Muito obrigado.