24/04/2024 - Pequeno Expediente Rodrigo Lago Rodrigo Lago

Rodrigo Lago

Aniversário: 13/07
Profissão: Advogado

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O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO (sem revisão do orador) – Senhor Presidente, senhores deputados, senhoras deputadas, membros da imprensa, pessoas que nos acompanham pelos canais da TV Assembleia. Senhor Presidente, ainda sem voz, Deputado Júlio Mendonça, peguei uma virose no final de semana e, ontem, ao discursar também diante do sol escaldante no Grito da Terra, minha voz foi embora. Mas eu fico feliz porque, quando falo, falo por muitos e, quando não falo, muitos falam por mim. Ontem, foi um dia muito especial, foi um dia em que amanhecemos com o Grito da Terra, organizado pela a Federação dos Trabalhadores Rurais do nosso querido Estado do Maranhão. Quase cinco mil homens e mulheres do campo, vieram a São Luís, representando 1.600 comunidades rurais do nosso Estado, para dizer a sua mensagem, para transmitir aos Poderes Públicos, ao Poder Legislativo, ao Poder Executivo, e ao Poder Judiciário, que há as pessoas que vivem na Zona Rural, que produzem, que trabalham, e que garantem a alimentação do povo do Maranhão. Porque sabemos que boa parte da produção que nós consumimos, nos mesmos aqui, a elite do Maranhão, a classe média, a classe média alta, consomem os produtos da agricultura familiar. E sabemos da importância e da necessidade do Estado induzir a produção. Os movimentos têm uma frase muito conhecida, Deputado Júlio Mendonça, e eu parabenizo V. Ex.ª, que foi talvez o grande artífice do dia de ontem, ajudou, auxiliou na articulação do Grito da Terra, ajudou, articulou, requereu a Sessão de ontem. Eu soube e vi que, ontem, V. Ex.ª acabou não sendo o único protagonista na Sessão, mas sabemos todos, que V. Ex.ª foi o grande responsável por isso, foi quem apresentou o requerimento a esta Casa. Requerimento que a Casa acabou aprovando ao final, mesmo com algumas objeções. A deputada Mical, por exemplo, se mostrou contrária a aprovação do Requerimento do MST, mas eu me recordo que eu ainda estava no governo, e a Deputada Mical, estava no governo Flávio Dino, aliás, o governo Flávio Dino, o governador ainda era um governador comunista, ainda era do PCdoB, a Deputada Mical compareceu ao Palácio, e lá eu estava, eu inclusive participei de uma das reuniões, ela e o pastor Damasceno. E que ela ponderava as necessidades pelas quais passavam os membros da igreja e os fiéis no período da pandemia. Era necessário, infelizmente, o distanciamento social, sabemos todos disso. Há quem negue, há quem diga, Deputado Rildo, que a terra é plana e há quem acredite. Eu não acredito no terraplanismo, assim como também não acredito no negacionismo, mas a Deputada Mical ponderou isso ao Governador Flávio Dino, ela que era da base do governo comunista, do governo Flávio Dino, e pediu, solicitou um auxílio, um apoio do governo para a igreja, porque havia membros da igreja, até pastores que estavam naquele momento com dificuldades. Dificuldades até de se alimentar, Deputada Andreia, e também dos fiéis e o governo apoiou. Nós depois criamos e eu já estava na Secretaria de Agricultura Familiar, sucedi o Deputado Júlio Mendonça, quando criamos o programa, Deputado Roberto Costa, Vossa Excelência que é muito dedicado à agricultura familiar, apresentou um requerimento, ontem, até brinquei com Vossa Excelência, Eu também apresentei o requerimento, meu requerimento nunca chegou à Mesa, mas minha cesta básica e as pessoas que ocuparam a tribuna, ontem, lembraram da minha atuação na agricultura familiar, infelizmente, Deputado Glalbert, eu não pude ter a palavra ontem, mais natural e do processo político que isso ocorra, de vez em quando, mas voltando à Deputada Mical, que esteve lá, nós decidimos apoiar a igreja, que a Deputada Mical, da base do governo, ponderou ao governador comunista Flávio Dino, na época, que queria apoio e garantimos cestas do Programa Comida na Mesa. E olha a coincidência, Deputado Zé Inácio, boa parte da farinha que fazia a composição daquela cesta básica, Deputado Júlio Mendonça, veio do assentamento Cristina Alves, no município de Itapecuru Mirim, que é organizado, é mantido pelo Movimento Sem Terra, pelo MST. A Deputada Mical distribuiu aos fiéis e também aos pastores e aos membros da igreja, aos pregadores, cestas básicas com produtos do MST. Mas foi a mesma Deputada Mical que, depois, votou contra. Mas eu fico feliz, porque esta Casa pôde ouvir ontem os reclames dos movimentos sociais do campo. E ontem mesmo, eu sei que um tema que talvez seja complexo quando se fala aqui de revogar uma decisão desta Casa, mas quando se falou da Lei das Terras, que os movimentos sociais do campo falam às vezes em “lei da grilagem”, ouviu-se um grito no plenário, da Plenária da Casa ocupada por trabalhadores e trabalhadoras rurais, o grito do “revoga já”. E esse grito que eu acho que é ecoará até que esta Casa faça a devida reflexão sobre o tema e administre...

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO RILDO AMARAL - Mais 30 segundos para concluir.

O SENHOR DEPUTADO RODRIGO LAGO – Eu agradeço a deferência de V. Excelência. É um grito que é ecoara nesta Casa para que esta Casa reflita. As terras devolutas, as terras públicas que pertencem ao Estado podem e devem ser exclusivas para a reforma agrária, para os agricultores familiares. Não podem esses agricultores familiares dividirem esse espaço dessa importante política pública com pequenos e médios produtores. Eles devem receber o tratamento exclusivo. E esse grito de revoga já que eu faço o convite a todos os colegas deputados e deputadas que reflitam sobre esse tema e que a gente possa revogar a reforma que foi feita, em dezembro do ano passado, num requerimento de urgência, aprovando uma lei sem um debate necessário nesta Casa. Mas, também, aproveito para parabenizar o Governador Carlos Brandão, que acolheu boa parte das demandas apresentadas no Grito da Terra, como por exemplo, a conversão das escolas de famílias rurais, as escolas agrícolas de pedagogia de alternância, ensino em tempo integral, e aí pagar a jornada de 40 horas para os professores cedidos pelo Estado para essas escolas. Que esse seja apenas o primeiro passo.

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