26/03/2024 - Pequeno Expediente Daniella Daniella

Daniella

Aniversário: 27/07
Profissão: Nutricionista

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A SENHORA DEPUTADA DANIELLA (sem revisão da oradora) - Senhora presidente, senhores deputados, senhoras deputadas, imprensa, telespectadores que nos acompanham pela TV, internautas, meu cordial bom dia a todos e todas. Hoje eu poderia vir a esta tribuna para debater, para discutir diversos temas dentro do Maranhão, como os muitos feitos do governo do Estado, as nossas andanças pelos municípios maranhenses, mas hoje eu venho aqui para fazer uma breve reflexão sobre a prática criminosa de se tentar promover a justiça com as próprias mãos. Nos últimos dias, repercutiu bastante nas redes sociais um bárbaro crime de violência contra uma mulher em situação de rua. A justificativa dos envolvidos é que a mulher teria um histórico de roubos e outros delitos, mas pasmem, gente, nada, nada, absolutamente nada justifica atacar uma mulher sem condições de defesa. Aqui não tem história de você vir e defender o que é errado, não. Se ela roubou, é papel da justiça e das forças de segurança fazerem a intervenção. A mesma situação poderia acontecer também com quem cometeu agressão e que agora também está sob investigação por esse grave crime. No Brasil, não se tem frequentes estudos sobre linchamentos ou tentativas de fazer justiça com as próprias mãos, mas um dado chama atenção: de acordo com estudos de um professor aposentado da Universidade de São Paulo, o sociólogo José de Souza Martins, no país ocorre um linchamento ou tentativa todos os dias. Esse mesmo estudo aponta que, de 1955 até 2015, cerca de 1 milhão de brasileiros sofreram retaliações pelas mãos de quem não é do Poder Judiciário, e, sim, agressores. O que eu quero defender aqui é que a violência gera violência e que é preciso condenar essa prática sob o risco de desfazer toda a construção social que tivemos ao longo da história humana. Não se pode permitir a barbárie. O Estado precisa ser respeitado. Defendo, nesse momento, na tribuna desta Casa, a justiça. Que a mulher pague pelos seus supostos crimes, mas que os agressores e os envolvidos nessas imagens bárbaras também se entendam com a lei. A gente está aqui para falar realmente sobre temas que são muito polêmicos. Gostaria eu de vir aqui para não fazer esse tipo de pronunciamento, deputado Zé Inacio, mas, infelizmente, é necessário, principalmente, agora, quando nós estamos aí na Quaresma, na Semana Santa. Estive agora participando de vários eventos, da missa de Domingo de Ramos, estive na cidade de Caxias, estive aqui na cidade de São Luís. Eu, como cristã, juntamente com a minha família, como todos nós sabemos, o Domingo de Ramos abriu a Semana da Páscoa. Portanto, é o momento em que nós celebramos o renascimento, a ressurreição de Jesus Cristo. Esse é o momento mais importante para todos nós, cristãos, pois é a representatividade da ressurreição do filho de Deus, que é o nosso querido, nosso amado Jesus Cristo. É o momento de se promover ainda mais amor, mais fraternidade, solidariedade, principalmente com aqueles que mais precisam. Mas, gente, esse não é, nem de longe, o sentimento da atual gestão da cidade de Presidente Dutra, que resolveu, meu Presidente, pagar o dobro do preço do tambaqui, usando dinheiro do próprio povo. Enquanto a gestão pagou R$ 20, 30 em um quilo de tambaqui, esse mesmo quilo custa no criatório da cidade, entre 10 e 11 reais. Agora faça os cálculos aí, se comprado vinte mil quilos o que deveria ser pago, em média, duzentos mil reais, está sendo pago quatrocentos mil reais. E o que mais me espanta é que isso tudo está acontecendo assim em um piscar de olhos. E quem diz isso, Deputada Mical, é o próprio trabalhador da cidade que conhece a realidade. Um quilo de tambaqui em Presidente Dutra, na atual gestão, está sendo pago vinte reais e trinta centavos. E o que mais nos espanta é que nos supermercados da cidade, que vende para o consumidor final, Presidente, que paga centenas de funcionários e todos os custos operacionais, o quilo do tambaqui lá custa em média R$ 17. E o fato é estarrecedor, é de assustar o fato, que tem sido bastante comentado dentro do município. É você querer fazer gestos solidários dando com uma mão e tirando com a outra. Isso realmente não vai passar despercebido pelo olhar da população e, principalmente, por aquele lá de cima que não dorme. Muito obrigada. Que Deus possa nos abençoar, que tenhamos uma Semana Santa regada por gestos de solidariedade, fraternidade e, acima de tudo, amor ao próximo.

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