Helena Heluy faz reflexões sobre processo eleitoral de 2010

icone-whatsapp
Da Assecom / Gab. da dep. Helena Barros Heluy
07/10/2010 00h00 - Atualizado em 07/10/2010 16h44

Helena Heluy faz reflexões sobre processo eleitoral de 2010
Foto original

Eleições em segundo turno e a diferença entre os dois projetos de governo representados por Dilma Roussef e José Serra foram os temas do discurso da deputada Helena Barros Heluy (PT), nesta quinta-feira (07), na Assembleia Legislativa. Ela propôs uma reflexão sobre o significado das eleições 2010 com base no histórico político-eleitoral do país, que, por vários séculos, foi chefiado por representantes da elite, entre reis, coronéis, grileiros e doutores, enquanto os legítimos donos da terra eram dizimados e destruídos num verdadeiro genocídio. “Era esta a marca da história do Brasil” disse Helena, lembrando que, em 2002 e 2006, partilhava com os demais deputados a alegria da vitória de Lula, no segundo turno, quebrando a lógica admitida e permitida, no país, quanto a quem pode ou deve exercer o poder, ao longo da história do Brasil. Helena salientou que, após a reeleição, Lula consagrou-se não apenas entre a população mais simples, mas alcançou reconhecimento também de setores que entenderam que o país precisava mudar, com base nas prioridades eleitas a partir da participação popular, sentimento que cresceu e resultou na iniciativa popular, dando origem à Lei Complementar 135/2010 e ao grande debate sobre políticos fichas limpas e fichas sujas. “A Constituição passou a ser o centro dos debates, inclusive, no meio popular. Isto tudo são manifestações de construção de uma democracia que vem da própria base”, comentou Helena, destacando as presenças de Marina e Dilma como mulheres extraordinárias, oriundas do Partido dos Trabalhadores, na disputa para a Presidência da República. Para ela, isso significa que o Brasil avançou na construção da Democracia e, agora, tem, novamente, um grande desafio: “se em 2002, quebramos o preconceito de termos um operário eleito para dirigir os destinos deste país, com a participação popular, tudo se encaminha, nestas eleições, para que quebremos, de uma vez por todas, o preconceito e tenhamos uma mulher presidente”. Lembrou que, embora tudo se encaminhe para que se quebre, de uma vez por todas, o preconceito com a eleição de uma mulher na Presidência, “as forças que sempre se opuseram à verdadeira democracia, no Brasil e no Maranhão, não querem isto”. Sua avaliação foi sustentada pelo que chamou de uma conclamação impregnada de ódio, de mágoa e de ressentimento. “Nós sentimos, porque conhecemos os fatos e os protagonistas”, disse. CONFRONTO IDEOLÓGICO Helena alertou que o segundo turno representará o confronto ético, ideológico e eleitoral de duas candidaturas e que a escolha deve ir além da simpatia e do gosto pessoal por um ou outro candidato. Disse que, como educador de massa e formador de cidadania, os parlamentares devem atentar para o significado as candidaturas de Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB, representando dois projetos distintos para o Brasil: de um lado, a representação das possibilidades de o Brasil seguir mudando e fazer chegar em todos os espaços a alegria expressa no rosto dos mais empobrecidos que estão se descobrindo cidadãos do país; e, de outro lado, o projeto neoliberal, que avilta, privatiza, desrespeita o servidor e o serviço público, que engaveta denúncias e criminaliza os movimentos sociais, fazendo recuar o verdadeiro processo de democratização do país e da democracia participativa. Ela destacou que, entre os grandes diferenciais do governo Lula, estão as 75 conferências nacionais em que foram ouvidas opiniões e sugestões de diversos setores, entre indígenas, quebradeiras de coco, trabalhadores domésticos, homossexuais, mulheres, contribuindo para a elaboração de políticas públicas para o Brasil. “É, efetivamente, uma grande mudança, que nós não podemos parar porque, na hora em que paramos, já significa retrocesso”, analisou a deputada. Em aparte, o líder do governo, Tatá Milhomem (DEM), avaliou o segundo turno como positivo, destacando a ministra Dilma como engenheira competente e uma mulher de valor, que fará um grande diferencial em relação ao governo Lula. BARREIRAS A deputada entende que o Maranhão não poderá ultrapassar as barreiras que impedem seu verdadeiro desenvolvimento se não houver a coragem de unirem-se situação e oposição no pensamento maior de também quebrar preconceitos. Ela analisou que o grande número de restrições e o medo marcaram as eleições deste ano. “Como se fazer política fosse algo da clandestinidade. Fazer política, fazer campanha deve ser prazeroso e apaixonante e é no que se acredita, pelo que se luta, pelo que se quer e não pelo que se pretende comprar ou que se admite de ser comprado”, observou. Helena cumprimentou os parlamentares eleitos, mas que disputaram as eleições de 2010 respeitando a Lei 9840, logrando êxito ou não, mas abominando a prática nefanda e nefasta de compra e venda do voto, o uso da máquina administrativa e ou abuso do poder econômico no Brasil e no Maranhão.

Banner