Deputada critica ataques da campanha eleitoral contra Dilma

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Da Assecom / Gab. da dep. Helena Barros Heluy
14/10/2010 00h00 - Atualizado em 14/10/2010 15h45

Deputada critica ataques da campanha eleitoral contra Dilma
Foto original

A campanha apresentada na propaganda eleitoral de José Serra (PSDB) contra a candidata do PT, Dilma Roussef, foi destacada pela deputada Helena Barros Heluy (PT). Helena disse que seria ótimo se a eleição a presidente houvesse se resolvido, no primeiro turno, mas ponderou que o segundo turno permite aprofundar questões importantes para o país. “Estamos vendo o segundo turno, inclusive com a maledicência de alguns setores e alguns segmentos espalhando sorrateiramente e contaminando mentes. Isto é o que eu acho mais desastroso e doloroso”, criticou a parlamentar, acrescentando que essa campanha difamatória quer impedir as pessoas de refletirem. “Como que havendo sobre si algo de impermeabilização para que não recebam outras informações, e tenham tudo como algo dado e acabado. E nós sabemos que não é isto”, alertou Helena, observando que as pessoas parecem estar diante de “uma certa incapacidade de se lançarem efetivamente no clima de campanha”. “Onde é que estão aqueles que estavam nas ruas? Será que só era necessária a eleição para governo do Estado, para os parlamentos e para o Senado? Onde é que está a classe política, na sua efervescência maior, aqui em nosso Estado? Uma pergunta que eu me faço e, mais uma vez, trago aqui para este Parlamento, porque eu acho que aqui é uma Casa política”, disse. Helena ressaltou que não terá medo de qualquer restrição na legislação eleitoral em relação aos parlamentares não poderem discutir e manifestar suas simpatias ou compromissos eleitorais dentro da Assembleia. “Eu não posso aceitar que atividade político-partidária seja algo pecaminoso, que tem que ser feito clandestinamente; chega um colega, ali, para mim, proibindo o adesivo, e eu ficar em dúvida se eu posso tirar o adesivo de dentro da bolsa porque eu estou dentro do plenário da Assembleia Legislativa”, comentou, conclamando em seguida: “vamos pensar um pouco nessa linha, vamos para a rua, vamos colocar os candidatos na mão e na consciência dos eleitores”. APOIOS A DILMA Helena alertou os deputados que o dia 31 de outubro vai marcar definitivamente o destino do país e frisou que, embora respeitando as convicções de seus colegas, é preciso dar continuidade às grandes mudanças que já estão acontecendo no país. “Não vamos admitir retrocesso”, afirmou. Chamou de sórdida e execrável a campanha que vem sendo feita contra Dilma Roussef, inclusive no Horário Eleitoral, na tentativa de “boicotar, inclusive, a fé do povo brasileiro” e a esse respeito questionou: “será que Dilma é efetivamente extraordinária demais, e que não há mais nenhuma dúvida de que ela vai ser a primeira mulher a dirigir os destinos deste país e que é preciso fazer tudo para impedir que tal aconteça?”. Helena disse que, apesar da campanha contra Dilma, religiosos dos mais diversos matizes e setores expressivos da sociedade brasileira apresentam documentos para a reflexão do eleitor, especialmente na internet. Ela citou a nota da Aliança Batista, que repudia a campanha de ataque a Dilma, e o manifesto da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, “refutando o que está sendo dito por alguns setores politiqueiros”. O manifesto é assinado por mais de 130 de pessoas de diversos segmentos pastorais e religiosos, entre os quais ressaltou Dom Pedro Casaldáliga, Frei Beto, Dom Bento Thomas Balduíno (bispo emérito de Goiás e presidente honorário da CPT Nacional), Dom Demétrio Valentini (bispo de Jales/S P), Dom Luiz Carlos Eccel (bispo de Caçador/ SC), Dom Antonio Possamai (bispo emérito/ RO), Dom Sebastião Lima Duarte e Dom Xavier Gilles (bispo emérito de Viana/MA), além da assinatura de padres, pastores e pastoras. RELIGIOSIDADE NÃO É PARÂMETRO Chamando atenção para o item sete do manifesto, que fala sobre pessoas que se dizem religiosas, mas que cometem atrocidades contra crianças e completou: “por isso ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso não nos interessa se tal candidato ou candidata é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer ‘senhor, senhor’, mas realizar o projeto Divino”. No momento atual, afirmou, Dilma representa este projeto, que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula: “é isto que está em jogo neste segundo turno nas eleições de 2010”, disse. Em aparte à deputada Gardênia Castelo (PSDB), Helena disse estar preocupada com afirmações que questionam a capacidade da ex-ministra Dilma para o cargo de presidente por não ter em seu currículo a atuação parlamentar ou de chefe de Poder Executivo. “É como se só pudesse ser cidadão, neste país, se já houver sido governador, vereador, prefeito para poder pleitear um cargo de presidente da República. Eu acho isso um equívoco”, respondeu à parlamentar tucana, lembrando que Dilma enfrentou a ditadura militar e destacando que a candidata “é de uma convicção plena, a séria, equilibrada, competente”. “Ninguém ousa suscitar dúvidas quanto a isso. Ela está em pleno gozo do direito do exercício da cidadania para disputar todos os cargos, inclusive tem experiência no campo da administração: secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, professora competente, chefe da Casa Civil, secretária da Fazenda do Rio Grande do Sul. Então, ela não é uma desconhecida componente na construção deste país e da democracia”, disse, taxativa.

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