O deputado Joaquim Haickel (PMDB) destacou na sessão desta quinta-feira (14), na Assembleia Legislativa, “a coragem, a seriedade, a garra e a hombridade” dos deputados Nonato Aragão, João Batista e Francisco Gomes, que foram à tribuna para agradecer os votos que obtiveram no dia 3 de outubro. “Não vencer as eleições e ainda assim ter a humildade de agradecer os votos daqueles que resolveram votar neles é muito mais nobre que agradecer pela vitória”, enfatizou.
Haickel disse que, sem nenhum demérito aos vencedores, os louros são para os que não obtiveram uma momentânea vitória na eleição do parlamento de um modo geral. “Elege-se numa eleição, perde-se na outra, e isso é muito menos do que o respeito e o respaldo político, é conjuntura eleitoral. Este plenário abrir mão dos deputados Francisco Gomes, Nonato Aragão, João Batista e de outros deputados-candidatos que não lograram êxito nas últimas eleições parece a princípio uma injustiça, mas é a regra do jogo”, acrescentou.
O parlamentar peemedebista argumentou que a regra da eleição proporcional brasileira faz com que coisas como essas aconteçam, impedindo a presença de um homem como Chico Gomes no plenário da próxima Assembleia Legislativa. “Muitos jovens irão sentar nessas cadeiras, deputado Chico Gomes, e tenho certeza que irão honrar os votos que os destinou o povo do Maranhão. Muitos jovens, deputado Nonato Aragão, irão se sentar por aqui e vão corresponder, tenho certeza, com os votos de seus eleitores. Não tão jovens, mas muitos outros, deputado João Batista, estarão aqui, mas tenho certeza de que farão como vossa excelência fez durante esses quatro anos lutando pelos seus eleitores da Região Tocantina”, discursou ele.
Joaquim Haickel concluiu dizendo que seu discurso era apenas um preâmbulo daquele que fará quando estiver se despedindo do Plenário e da tribuna da Assembleia Legislativa no mês de dezembro, porque ele também eu não estará lá na próxima legislatura. “Não estarei em pessoa, mas estarei em espírito, estarei em ações, porque acredito no Legislativo, acredito no Parlamento, acredito na democracia e na República e sei que como está escrito nessa parede, palavras de José Sarney, “não há democracia sem Parlamento livre””, enfatizou.
Ele ressaltou que 42 deputados estarão representando o povo do Maranhão a partir de 1º de fevereiro de 2011 e terão quatro anos para fazer o que os atuais deputados têm tentado fazer. “Se não conseguimos totalmente, temos a consciência do dever cumprido e somos sabedores de que este trabalho, mais do que finito, é incessante e eterno. Que os deputados que não voltarão para cá, em fevereiro próximo, saibam que seu trabalho foi bom e que, se não foi melhor, os que virão procurarão fazer o que não pudemos”, finalizou.
