Chico Leitoa quer audiência sobre Saúde após eleições

Evento reunirá representes dos sistemas públicos de Saúde do Maranhão e Piauí na tentativa de resolver problemas no atendimento às populações dos dois estados.

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Jacqueline Heluy
Agência Assembleia
18/10/2010 00h00 - Atualizado em 00/00/0000 00h00

Chico Leitoa quer audiência sobre Saúde após eleições
Foto original

O deputado Chico Leitoa (PDT) anunciou na sessão de hoje (segunda-feira, 18) a realização de uma audiência pública no município de Timon para discutir as condições de atendimento hospitalar na região dos Cocais. A audiência foi aprovada pela Assembleia Legislativa, segundo ele, desde o dia 22 de fevereiro deste ano, mas até agora não foi efetivada, ficando acertada para depois das eleições do segundo turno para presidente. Chico Leitoa esclareceu que foi comunicado pelo promotor Antônio Borges de que havia sido instaurado um procedimento investigativo sobre a questão da saúde no município de Timon, o qual “estaria entregue ao léu” e ao próprio destino. Ele disse que neste final de semana se deparou com a situação de uma mulher de 38 anos precisando de cirurgia porque estaria acometida de um tumor no cérebro. “Essas pessoas ficam peregrinando rua acima, rua abaixo, pedindo favor político para serem atendidos em Teresina. Naturalmente que se trata de um caso de alta complexidade, não contemplado pelo município”, disse. O parlamentar garantiu que já esteve várias vezes na tribuna da Assembleia e que não hesitará em tomar qualquer tipo de atitude para que a audiência da saúde seja realizada em Timon. “A Assembleia não pode aprovar ações que não são realizadas, sob pena de passar por uma desmoralização”. Leitoa afirmou que vai esperar só até a primeira quinzena do mês de novembro para realizar esta audiência pública e que o objetivo é colocar frente a frente os dois governos, os gestores municipais, os usuários e a população como um todo para que possam encontrar uma solução. “Situação pior do que está dificilmente pode continuar”, advertiu. ESCLARECIMENTOS Ele espera que a audiência traga os esclarecimentos devidos, até para fazer parar a divulgação na imprensa de algumas informações equivocadas com relação ao município de Timon. Leitoa garantiu que conhece o Maranhão e que há muito hospital fechado, inclusive o da sua própria cidade. E questiona: se existe tanto hospital fechado, para que fazer mais 72 unidades? “O problema não é ter o hospital, é fazer funcionar o hospital. O SUS é um sistema perfeito, mas você chega às cidades e os hospitais estão fechados”, argumentou. Chico Leitoa citou o caso do município de Presidente Dutra, em que o governador Jackson Lago (PDT) construiu um hospital de alta resolutividade que estaria passando por um verdadeiro desmonte de equipamentos. “Todos sabem que o Maranhão está cheio de hospital parado. Quando há um deputado com força política, tudo bem, mas quando não tem, o hospital fica lá parado”. Outro caso citado por Leitoa é o do Hospital Alarico Pacheco, que segundo ele, tem 88 leitos, mas quando o doente chega, não recebe atendimento. “Nas estatísticas estão lá não sei quantos mil atendimentos”. Para Leitoa, é preciso fazer com que as palavras correspondam aos atos. Portanto, ele acha louvável que cada município tenha um hospital para atendimento de atenção básica, porque o SUS é perfeito, “mas só funciona se os prefeitos, os gestores públicos municipais e o Governo do Estado exercerem o papel de coordenador e assumir a responsabilidade daquilo que lhe compete mediante as leis do SUS”.

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