Helena defende pressão parlamentar para criar a Resex do Taim

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Da Assecom / Gab. da dep. Helena Barros Heluy
21/10/2010 00h00 - Atualizado em 00/00/0000 00h00

Helena defende pressão parlamentar para criar a Resex do Taim
Foto original

A defesa do meio ambiente deve unir forças na Assembleia Legislativa para evitar desastres ambientais no Maranhão. Pelo menos é o que deseja a deputada Helena Barros Heluy (PT), que, falou, durante discurso sobre a criação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim e manifestando apoio à fala de seu colega Marcos Caldas (PRB) sobre o risco de contaminação ambiental nos tanques de lixo tóxico da Alumar. A parlamentar é autora de Indicação que cria a Resex de Tauá-Mirim, reivindicada por movimentos sociais para recuperar e preservar os recursos naturais, contribuindo também para a conservação das nascentes e do lençol freático ainda saudável, naquela região, além de planejar o uso dos recursos naturais disponíveis na área da reserva e no seu entorno. Helena lembrou que, durante a Mesa Redonda sobre Meio Ambiente e Justiça Social, na Assembleia Legislativa, as comunidades de Tauá-Mirim lançaram apelo para que a classe política maranhense se empenhe no processo de criação da reserva, que está tramitando na Casa Civil da Presidência da República. O pedido foi reforçado durante encontro que reuniu pessoas das comunidades, religiosos, militantes do meio ambiente, entre os quais, Guilherme Zagallo, vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Maranhão. “E ali, eu parecia até estar ouvindo ecoar, ainda, a voz tonitruante do professor José Nascimento de Morais, que, no inicio dos anos 80, já gritava nos cantos, nas esquinas, contra a implantação da Alcoa, pelo que ela trazia de agressão ao meio ambiente”, recordou Helena. A deputada disse que os testemunhos dos moradores são impressionantes e salientou que grande parte do alimento que chega à mesa dos maranhenses vem daquela região, caso do pescado, da juçara, do buriti, do caranguejo, dos ingredientes do arroz de cuxá e lembrou que, além de contribuir para o abastecimento de alimentos, esses espaços têm o caráter de lazer e atração turística, mas estão na mira dos grandes empreendimentos e do agronegócio. “Até mesmo daquilo que é terrível e doloroso, a grilagem, ainda aqui na ilha de São Luis”, disse com indignação, conclamando os parlamentares a fortalecer o pedido de criação da Resex de Tauá-Mirim, intermediando junto à Casa Civil, cada um a partir de seus conhecimentos políticos, para que seja dada prioridade a essa reivindicação. LIXO TÓXICO DA ALUMAR Em aparte ao deputado Marcos Caldas, Helena destacou que ela não está entre os “que retiraram a assinatura” de seu pedido de CPI para investigar os tanques de lixo tóxico da Alumar. Em 2009, Caldas pediu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os tanques de lixo tóxico que a Alcoa vem abrindo na ilha de São Luís. “Depois, quando acontecer um acidente, não vão dizer que eu não avisei. Fui lá, investigar e pude observar, são quatro tanques sempre cheios com o mesmo material.”, advertiu, mais uma vez, Caldas, preocupado que se repita, em São Luís, o acidente que recentemente aconteceu na Hungria. O deputado do PRB lembrou que, há mais de dois anos, havia recolhido 25 assinaturas para a CPI, mas, 13 deputados retiraram a assinatura para investigar os tanques da Alumar e também da Merck, indústria acusada de estar contaminando o Rio Anil. A deputada lembrou que essa questão é antiga e que, por várias vezes, foi à tribuna falar dos desdobramentos da poluição lenta, que está embutida na cadeia produtiva do alumínio e “que está aumentando assustadoramente a incidência de muitas doenças, acometendo diretamente os trabalhadores que lutam para sobreviver e, às vezes, até muito empolgados porque conseguiram um bom emprego na Alcoa”, mas que, segundo ela, são tratados como descartáveis. Disse, ainda, que os trabalhadores da Alcoa são, rapidamente, acometidos de doenças, como Alzheimer, câncer, osteoporose. “Eu sempre digo que parece que há um problema de acústica, aqui, no Plenário. Fala-se, muitas das vezes, os próprios colegas estão olhando para a gente, e a coisa desaparece; eu quero acreditar que seja problema de acústica, tão somente isto, e não de má vontade ou de omissão”, ponderou.

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