São Luís corre risco de desastre ambiental, diz Caldas

Deputado propõe visita à Alcoa para verificar tanques de resíduos e evitar desastre ambiental acontecido na Hungria. Ele também pediu que a Comissão de Meio Ambiente realize audiência pública sobre o tema.

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Agência Assembleia
22/10/2010 00h00 - Atualizado em 22/10/2010 08h40

São Luís corre risco de desastre ambiental, diz Caldas
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O deputado Marcos Caldas (PRB) fez um alerta para o perigo de desastre ambiental que os tanques de lixo tóxico da Alumar podem causar a São Luís. Segundo ele, a fábrica mantém quatro tanques de 50 hectares (equivalente a 50 campos de futebol) com um líquido alcalino, semelhante ao que causou o desastre ambiental de grandes proporções no Rio Danúbio, na Hungria. “Se isso acontecer aqui (os tanques romperam e o lixo se espalhar), a ilha vai virar uma lamaçal e todos os rios e mar vão ser contaminados. Todas as águas, o subsolo... Nós vamos pagar aqui água mais caro que gasolina”, declarou. Marcos Caldas afirmou que as paredes dos tanques são feitos com camadas de concreto e camadas de plásticos, além dos filtros que seriam para despoluir a água. “O resíduo deste filtro está indo direto para o lençol freático da ilha. Eles consomem 360 mil litros de água por hora sem pagar um centavo”. “Agora o desastre ambiental está acontecendo longe daqui, mas o nosso problema está dentro de casa. Nós moramos numa ilha. Se um tanque daquele vier a rebentar, pode ter certeza, aqui vão morrer milhares de pessoas”, afirmou. O parlamentar lembrou que propôs uma CPI (Comissão Paramentar de Inquérito) para investigar a Alumar, que chegou a colher 25 assinaturas, mas 12 foram retiradas antes que a comissão pudesse ser implantada. “Vim aqui a esta tribuna, falei, bati e não tive ajuda”. Hoje ele propôs a formação de uma comissão de deputados e técnicos para ir até a Alcoa para ver de perto os tanques e pediu que a Comissão de Meio Ambiente realize uma audiência pública sobre o tema. O deputado ganhou apoio imediato dos parlamentares Helena Heluy (PT), João Batista (PP) e Antônio Bacelar (PDT).

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