Por meio de requerimento, a deputada Helena Barros Heluy (PT) pede que a Assembleia Legislativa envie suas condolências à Casa das Minas pelo falecimento de Maria Celeste Santos, conhecida por Mãe Celeste, aos 86 anos, terça-feira (26).
“Testemunhei o carinho pela presença de quantos estiveram em seu velório durante, praticamente dois dias ao seu sepultamento: autoridades do Estado, do municio, comunidades, envolvidas na própria causa que dona Celeste se dedicou, que foi dar vida permanentemente às tradições culturais, religiosas e à historia do povo negro no Maranhão”, contou a deputada, acrescentando, ainda, a presença de antropólogos, sociólogos, professores, estudantes, funcionários das Universidades e um expressiva representação da comunidade negra do Maranhão e representantes das Secretarias de Cultura e da Igualdade Racial, “apresentando a dona Celeste suas homenagens e despedidas”.
Helena salientou que dona Celeste foi iniciada e deu continuidade, desde 1950, às tradições da Casa das Minas. Em 1993, a convite de Pierre Verger, ela foi à África participar da cerimônia de inauguração de um monumento que assinalava o local do embarque dos escravos para o Brasil. A deputada frisou que dona Celeste era uma referência da religião afro-brasileira no Maranhão, dedicando sua vida a esta causa, por isso, quando o Papa João Paulo II esteve em São Luís, participou do ofertório levando para o altar uma pomba branca, simbolizando a paz e a devoção ao Divino Espírito Santo.
