Helena Barros Heluy destaca eleição de Dilma Rousseff

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Da Assecom / Gab. da dep. Helena Barros Heluy
03/11/2010 00h00 - Atualizado em 03/11/2010 20h07

Helena Barros Heluy destaca eleição de Dilma Rousseff
Foto original

O silêncio do parlamento maranhense sobre a vitória da presidenta eleita Dilma Roussef incomodou a deputada Helena Barros Heluy (PT), que registrou com mais ênfase a vitória histórica de sua companheira de partido, domingo último (31), quando se tornou a primeira mulher a comandar o governo brasileiro. Helena disse que não sabia qual era o sentimento dos demais colegas parlamentares, mas destacou que o dia 31 de outubro é uma data “auspiciosíssima” para a história do país. “Talvez, eu dissesse o mesmo se a presidenta eleita não fosse do meu partido. Imaginem, então, o tamanho da alegria, do entusiasmo e da satisfação minhas. É a historia do Brasil sendo passada, efetivamente, a limpo. Em 2002, um trabalhador, um operário, um metalúrgico; agora, uma mulher presidenta. Uma mulher que não vem ser presidenta deste país para fortalecer as oligarquias; ao contrário, ela vem com a força da sua tenacidade, das suas convicções, do seu conteúdo ideológico, da sua capacidade técnica, da sua responsabilidade, da sua seriedade, por isso o povo brasileiro está de parabéns. Demos um grande passo!”, avaliou Helena. Para ela, a eleição foi extremamente disputada e teve uma marcada importante: deixou o eleitor muito livre para fazer sua escola. “Ali, não havia voto de cabresto, votou quem queria votar. E a maioria do povo brasileiro quis votar em Dilma Rousseff”, reforçou Helena, em sua análise, destacando também que a disputa trouxe embutidas as questões de gênero e de classe social. Para Helena, os ricos conservadores, que, na sua maioria, não aceitam mudança, optaram pela manutenção dos preconceitos e das discriminações, mas a maioria do povo entendeu que “já era tempo de darmos vida, efetivamente, a tudo quanto entendemos como democracia, neste país”. A parlamentar foi aparteada pelos deputados Valdinar Barros (PT) e Tatá Milhomem (DEM). “Foi um dos momentos assim mais felizes da nossa vida, no campo político. Em 2002, quebramos o maior preconceito da história deste país, que há mais de 500 anos era governado pela elite dominante. Em 2002, conseguimos eleger o companheiro Lula, operário, nordestino como nós, sindicalista”, entusiasmou-se Valdinar. “Eu tive novamente esperança, eu tive esperança neste país”, desabafou o líder da bancada governista Tatá Milhomem. VALEU À PENA A deputada afirmou que valeu a pena o sofrimento e a luta de tantas pessoas pela materialização do estado democrático e de direito, no país e no Maranhão. “Entre essa muita gente, estava Dilma Rousseff, no cárcere, presa, torturada!”, frisou Helena, que acentuou dizendo que a legislação brasileira foi perversa para com a mulher, que esta não podia votar nem ser votada. “A vitória de Dilma é a consagração mesmo de uma quebra de preconceito histórico em nosso País”, comemorou a parlamentar petista, relatando que, em 1929, homens e mulheres do Rio Grande do Norte elegeram Alzira Soriano, prefeita da capital, mas a eleição foi anulada porque foi viciada com um voto feminino. “Eu convivi com mulheres da frente da administração municipal, em Barão de Grajaú – dona Tunica; São João dos Patos - dona Nuca; Pastos Bons, dona Alcina; Nova Iorque - Jesus Santana, e outras tantas”, relatou a deputada, concluindo seu discurso com a afirmação de que sempre entendeu que “a mulher, efetivamente, tem condições, capacidade, tem conteúdo, seriedade e, inclusive, condições de fazer deste país um país transparente”. “É por isso que eu não podia sair desta Casa sem que falasse no que significou o dia 31 de outubro de 2010 para a história do nosso país, para a nossa história de homens e mulheres, caminhando juntos para a construção da sociedade nova”, resumiu a deputada petista.

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