Leitoa: Maranhão está abalado com motim do Presídio São Luís

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Cláudio Brito
Agência Assembleia
09/11/2010 00h00 - Atualizado em 09/11/2010 17h32

Leitoa: Maranhão está abalado com motim do Presídio São Luís
Foto original

O deputado Chico Leitoa (PDT) disse, hoje (9), na tribuna da Assembleia Legislativa, que o Maranhão inteiro está abalado com o motim acontecido no Presídio São Luís, localizado nas dependências do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Para Leitoa, o local vive há muitos anos sob tensão, superlotado e sem as mínimas condições de funcionamento. O deputado acha que o motim foi provocado pela briga de facções criminosas e, principalmente, pela falta de condições humanas dadas aos presidiários. O parlamentar observa que os presidiários são seres humanos, mas vivem em condições subumanas. Segundo ele, os próprios juízes tentam interditar presídios e delegacias em função do amontoado de pessoas que lá estão sem água, sem comida e sem lugar para dormir. “Os presos estão pagando uma suposta pena cometida na sua vida. No presídio, o problema ganha força com a rivalidade e com o tráfico de drogas. O motim é resultado da revolta pelo abandono a que estão entregues os presidiários”, afirmou o Leitoa. Na opinião do pedetista, o Governo do Estado tem obrigação de evitar esse tipo de problema. “A violência não é combatida apenas com repressão e sim com prevenção. Não vejo nenhum movimento no sentido de se combater o tráfico e uso das drogas”, disse. Ele disse que a superlotação não é exclusividade do Presídio São Luís. O presídio de Timon, por exemplo, com capacidade para apenas 150 pessoas, amontoa 300 presos em condições subumanas, com paredes rachadas, banheiro sem funcionar e outros problemas. Na opinião de Leitoa, é preciso que o Governo do Estado se una à Assembleia Legislativa, à OAB-MA e demais autoridades competentes para tentar, pelo menos, amenizar o problema que, em curto espaço de tempo, pode trazer consequências mais graves. INTERVENÇÃO FEDERAL A própria governadora Roseana Sarney (PMDB) pediu a intervenção do Ministério da Justiça para conter a fúria dos amotinados. Segundo a imprensa, pelo menos 14 detentos já foram executados dentro do Presídio São Luís. Alguns presos tiveram a cabeça o os pênis decepados.

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