Bacelar relata preocupação com desemprego em guserias

Deputado ressaltou o chamado “efeito cascata” que o alto número de desemprego nas guserias de Açailândia pode ocasionar em toda a região tocantina.

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Jacqueline Heluy
Agência Assembleia
25/11/2010 00h00 - Atualizado em 25/11/2010 19h12

Bacelar relata preocupação com desemprego em guserias
Foto original

A audiência pública realizada na última quarta-feira (23) para tratar sobre questões trabalhistas do Pólo Guseiro de Açailândia ganhou destaque na sessão de hoje (quinta-feira, 25). Inicialmente, o assunto foi abordado pelo deputado Antonio Bacelar (PV), que ressaltou a preocupação com o “efeito cascata” que os desempregos nas guserias pode ocasionar na Região Tocantina. “Não é só o metalúrgico que estará desempregado. Essa situação vai ocasionar desemprego nas carvoarias, nas borracharias, nas marcenarias e no comércio de uma maneira geral”. Antonio Bacelar transmitiu aos deputados a informação prestada na audiência, pelo empresário Cláudio Azevedo, presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Maranhão (Sifema), de que o índice de desemprego que vem ocorrendo no Polo Guseiro de Açailândia se deve ao preço majorado do minério de ferro. Ele apontou a empresa Vale como responsável pelo alto custo do produto, fato que vem afetando as guseiras. “O que nós queremos discutir são, efetivamente, alternativas viáveis para que o Polo Guseiro de Açailândia não feche e não traga o desemprego em massa à cidade tão próspera e que já se constituiu no segundo maior PIB do Maranhão e da região do Nordeste brasileiro”, afirmou. Como saída imediata para resolver a situação, Bacelar aponta o investimento em pesquisas, a fim de descobrir novas reservas de minérios de ferro para atender ao Polo Guseiro de Açailândia e outros que queiram se instalar em território maranhense. Segundo Antônio Bacelar, o último mapeamento geológico do Maranhão foi feito há 20 anos pela Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais (CPMR). “Mas nós precisamos avançar em uma escala geológica. Precisamos fazer o mapeamento das nossas reservas minerais porque todos nós hoje sabemos que o Maranhão está deixando de ser um estado iminentemente agrícola para se tornar um estado altamente produtor através da produção dos insumos minerais”. PREPARAÇÃO Ele chamou atenção para a necessidade do estado se preparar e se capacitar com mão-de-obra especializada para não deixar que a iniciativa privada nacional e internacional venha para o estado explorar as reservas minerais de forma a que os maranhenses não participem e o Estado não se beneficie dos royalties produzidos por esse bem mineral tão importante que estão jazendo em solos maranhenses. “Pela potencialidade mineral que desponta hoje, com o petróleo de Barreirinhas, o gás natural e tantos outros, é necessário que o nosso estado se prepare. A Refinaria Premium da Petrobras, em Bacabeira, é um projeto nacional, cujos efeitos positivos já estão vindo para o Maranhão e para os maranhenses. É necessário que nós, maranhenses, estejamos preparados e qualificados para a ocupação dessa mão de obra que é muito grande”, advertiu Bacelar. Além da ocorrência de petróleo e de gás natural, Bacelar também destacou as riquezas auríferas que ocorrem no Noroeste do Maranhão, a exemplo da mina de ouro na região de Aurizona, entre os municípios de Godofredo Viana e Luiz Domingos.

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