Chico Leitoa: avanço do crack é preocupante

Deputado repercutiu pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que mostra que 98% dos municípios brasileiros apresenta algum problema com circulação ou consumo de drogas, principalmente o crack.

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Waldemar Têrr
Agência Assembleia
14/12/2010 00h00 - Atualizado em 14/12/2010 15h46

Chico Leitoa: avanço do crack é preocupante
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Em pronunciamento na sessão desta terça-feira, o deputado Chico Leitoa (PDT) mostrou-se estarrecido com estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que mostra que o uso de drogas já atinge 98% dos municípios brasileiros. Segundo o parlamentar, o estudo comprova que a maioria das cidades apresenta algum problema com a circulação ou consumo de drogas, especialmente relacionado ao uso do crack. A pesquisa ponta que só 504 municípios (14,7% do universo pesquisado) possuem Centros de Atendimento Psíquico Social, os chamados CAP’s, unidades especializadas no tratamento de dependentes. Chico Leitoa disse também que o Governo Federal não acreditou na pesquisa, mas os prefeitos estariam acusando a União de não repassar corretamente recursos para combater o problema. Durante o discurso, Chico Leitoa citou informações do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirmando que os maiores prejudicados seriam os municípios com menos de 20 mil habitantes, que estariam excluídos das ações relacionadas ao plano de combate ao uso de drogas, e que não há política organizada no país de enfrentamento do problema. “Necessário se faz que os governos irmanados possam agir no enfrentamento nesta questão do uso da droga, que atinge, às vezes, as situações mais próximas da gente. Necessário se faz, portanto, que esta Casa, os deputados mesmo já estando no final desta legislatura nos preocupemos com esta questão e façamos apelos para que o Governo do Estado inclua nas suas preocupações o combate ao uso da droga”, afirmou o parlamentar. Leitoa disse ainda que o uso do crack avançou para classe media e que estudo mostra que, de cada cinco pessoas que ficam viciadas, três vão a óbito no terceiro ano de uso.

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