Deputados explicam posicionamento nas eleições da AL

Eduardo Braide (PMN), Marcos Caldas (PRB), Rogério Cafeteira (PMN), Jota Pinto (PR) e Alexandre Almeida (PTdoB) defenderam negociações que deram vitória a Arnaldo Melo (PMDB) e à chapa União pelo Maranhão.

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Waldemar Terr
Agência Assembleia
02/02/2011 00h00 - Atualizado em 02/02/2011 17h19

Deputados explicam posicionamento nas eleições da AL
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Vários deputados que formam o Bloco União Democrática fizeram pronunciamentos, na sessão desta quarta-feira (2), defendendo a posição do grupo que levou à eleição do novo presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB). O primeiro que abordou o assunto foi o líder do bloco, Eduardo Braide (PMN), que afirmou que o governo deveria ter apoiado a candidatura de Melo, porque o peemedebista e outros aliados fazem parte da base governista. Também trataram do assunto os deputados Marcos Caldas (PRB), Rogério Cafeteira (PMN), Jota Pinto (PR) e Alexandre Almeida (PTdoB). Eduardo Braide disse que tratou do assunto na tribuna porque em alguns meios de comunicação, jornais e rádios tentam passar a ideia de que a chapa que foi vencedora é uma chapa traidora, e esclareceu o processo de crescimento do bloco, que agora é o maior da Assembleia. "Não venham com essa de que o Bloco traiu o governo. O governo é que traiu a vontade de 25 deputados e a candidatura do Deputado Arnaldo Melo. Foi por isso que nós tivemos esse embate aqui, é preciso que se deixe claro também no final que o Bloco de União Democrática, é um Bloco de apoio ao Governo, isso sempre foi deixado bem claro, respeitando as posições dos companheiros que vieram somar no Bloco", disse fazendo críticas também ao colega de plenário Ricardo Murad (PMDB). Depois foi a vez do deputado Marcos Caldas explicar como se deu o processo de formação do bloco e o lançamento da candidatura de Arnaldo Melo. De acordo com Caldas, os deputados começaram a unir com o famoso Bloquinho que engoliu o Blocão. "O parlamentar disse que o bloco começou com cinco e hoje são 17. O candidato, que era de consenso, no lugar de vir apaziguar os ânimos, estava era tentando toda hora tirar alguém do bloquinho para formar um bloco com o PSDB, desmanchar o bloquinho em três blocos, sempre querendo destruir essa união de deputados novos e deputados já reeleitos", contou. Em seu pronunciamento, Rogério Cafeteira, ao tratar também da eleição para a Mesa Diretora, afirmou que é natural depois de uma batalha que a adrenalina continue no sangue da gente, e que o discurso do colega Eduardo Braide é fruto da indignação da tentativa de colocar em nós a pecha, o carimbo de traidores, isso é inadmissível. "Nossa postura foi a mais reta e correta que pode existir. Se alguém se sentiu traído, ele pode se sentir sim, desinformado, e não foi por nossa causa, nós tentamos todos os caminhos para levar os problemas que estavam existindo, infelizmente, talvez por sermos novos não fomos respeitados. Disse, no entanto, que a disputa democrática já passou e que o Poder Legislativo saiu vencedor no processo". Quem tratou do assunto também foi o deputado Jota Pinto, que chamou a eleição de um processo democrático, um processo ordeiro, um processo de amadurecimento, que foi um bom exemplo para o povo do Maranhão nesta Casa. Na avaliação de Pinto, foi um processo democrático onde não houve vencidos ou vencedores, pois quem venceu foi o Parlamento, quem ganhou foi o Parlamento, quem ganhou foi o povo do Maranhão e que as duas chapas que entram na disputa praticamente eram fechadas por aliados do Governo. "Passa-se a régua e quem é governista é governista, quem é oposição é oposição respeitando, sim, o direito, respeitando sim a posição de cada um", defendeu. O último a abordar o tema foi o deputado Alexandre Almeida, que afirmou que a única solução que foi nos dada foi encontrar um nome que pudesse representar o diálogo, a humildade e o respeito entre todos os companheiros e companheiras desta Casa. Disse ainda que "as articulações buscavam exatamente o respeito entre cada companheiro que aqui está, estávamos, naquela oportunidade, pedindo a igualdade, a humildade, porque sabíamos que iríamos construir uma história nesta Casa e precisávamos desses três ingredientes: humildade, respeito e, acima de tudo, capacidade de diálogo".

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