Para o deputado, estudantes, pesquisadores e cientistas sofrem um grande prejuízo porque boa parte do acervo, principalmente as obras mais raras, ainda não foram dispobinibilizadas nas novas instalações.
A situação da Biblioteca Pública Benedito Leite voltou a ser tema de debate no plenário da Assembleia Legislativa. Em pronunciamento durante a sessão desta terça-feira (16), o deputado Neto Evangelista (PSDB) expressou sua preocupação com relação ao prejuízo imensurável que os estudantes, pesquisadores e cientistas estão passando em decorrência do fechamento da instituição, na Praça Deodoro.
Há quase dois anos a biblioteca foi interditada pela defesa civil e somente 14 meses depois, a reforma foi iniciada. O motivo de tanto atraso teria sido atribuído a criação de um projeto arquitetônico para guiar a reforma, além da licitação da empreiteira.
Vale destacar que, somente, este ano, mais precisamente em fevereiro, a biblioteca voltou a funcionar provisória e precariamente. De acordo com o parlamentar, parte do acervo da biblioteca foi transferido para um imóvel na Rua do Egito que não suporta o peso dos 120 mil títulos contidos na Biblioteca.
O parlamentar lembrou que na antiga sede da instituição 25 setores e seções estavam em pleno funcionamento. “E agora, somente nove funcionam em condições precárias, ou seja, menos de um terço dos títulos estão disponíveis para consulta”.
Como exemplo, Neto Evangelista citou a sala adaptada para receber o acervo de literatura nacional e maranhense, onde estão disponibilizadas apenas oito mesas com quatro cadeiras, cada, permitindo a permanência de apenas 32 pessoas por vez.
Ele ressaltou, ainda, que o acervo geral [livros universitários], a sessão escolar [os livros de ensino médio] e as obras raras [acervo mais antigo e de Maior valor da biblioteca] não estão disponíveis no novo prédio.
Entendendo que os jovens não podem e não devem ficar sem o apoio literal e científico necessário, o parlamentar apresentou indicação solicitando ao governo do Estado que disponibilize um novo prédio para trazer aquele acervo que está arquivado num outro anexo da Biblioteca Benedito Leite e que está de portas fechadas.
“A nossa população precisa do acesso a esses livros. É importante para o desenvolvimento da nossa educação e do nosso povo. Peço a atenção necessária do Estado para que sejam tomadas medidas urgentes com vistas a minimizar a deficiência no atendimento da população”, finalizou.
