Os recentes debates acalorados acontecidos nos últimos dias na Assembleia Legislativa levaram o deputado Eduardo Braide (PMN) a afirmar da tribuna que chegou ao Poder Legislativo com a intenção de participar de compromissos não com seu presidente, presidentes de comissões ou deputados, mas “com aqueles que estão lá fora e nos elegeram que é o povo do Maranhão”.
Braide afirmou que ao povo não interessa uma Assembleia dividida onde colegas trocam farpas e acusações pessoais. Ele acha que o que se espera é que os projetos tramitem e sejam rápidas as respostas do Legislativo ao povo do Maranhão.
Braide fez uma comparação com a Assembleia Legislativa do Ceará onde, segundo ele, existe oposição e governo, mas a partir do momento em que os interesses do povo estão em jogo todos fazem parte do mesmo time, todos trabalham para atingir o mesmo objetivo. “Me deixa triste estrear nesta Assembleia e viver este momento de discussões que só diminuem a nós mesmos, os deputados. E se os deputados estão diminuídos quem está diminuído é o povo do Maranhão”, reforçou.
Lembrou Eduardo Braide que logo após a eleição da Mesa Diretora quiseram condená-lo por ter escolhido o deputado Arnaldo Melo para presidir o Poder Legislativo. Mas entende que a presidência da Assembleia está acima de qualquer dessas situações. Diz Braide que o povo desse Estado entristece a cada vez que deputados trocam acusações pessoais, a cada vez que colocam em dúvidas a seriedade e a moralidade dos colegas. O parlamentar apelou aos demais parlamentares no sentido de que se ainda existirem ressentimentos com relação às eleições para a Presidência da Assembleia que eles se acabem e se transformem em energia para que os deputados possam se debruçar sobre as causas maiores do Maranhão. Como, exemplificou, a melhoria do Sistema Penitenciário e soluções para a educação no Estado.
APOIOS
Ele foi aparteado pelo deputado Neto Evangelista que quis “corroborar suas palavras e expressar os mesmos sentimentos”. Evangelista invocou os novos e antigos parlamentares a travarem debates em prol do Estado do Maranhão. E recordou o último pronunciamento de seu pai, o falecido deputado João Evangelista, quando o Estado vivia o histórico momento de transição entre o governo Jackson Lago e o governo Roseana Sarney. “Eu pude vê-lo, mesmo doente, pedir a esta casa, daquela tribuna, a união dos 42 deputados em favor do Maranhão, independente de qual fosse a decisão do TSE”, afirmou.
Também o deputado Alexandre Almeida apelou em favor da paz no Poder Legislativo, afirmando que tanto César Pires quanto Arnaldo Melo são dois parlamentares respeitáveis, de histórico exemplar na Assembleia. “Em relação aos trabalhos desta Casa a gente não pode ser maior nem menor que qualquer outro deputado”, ensinou. E pediu, por sua vez, aos deputados que ainda guardem ressentimentos do resultado da eleição da Mesa Diretora, que esqueçam isso e que possam torcer para que a gestão de Arnaldo Melo como presidente seja uma grande gestão capaz de contribuir para a construção de grandes mandatos na Assembleia.
