Parlamentares divergem de secretário Sérgio Tamer

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Ribamar Santana
Agência Assembleia
24/02/2011 00h00 - Atualizado em 24/02/2011 17h23

Parlamentares divergem de secretário Sérgio Tamer
Foto original

Os deputados Marcelo Tavares (PSB) e Raimundo Cutrim (DEM) em debate hoje, 24, na Assembleia Legislativa, sobre os problemas do Sistema de Segurança e Prisional Brasileiro e, em particular, do Maranhão disseram que não concordam com a proposta apresentada pelo secretário de Justiça e Administração Penitenciária, Sérgio Tamer, de transformar as delegacias de polícia em pequenas unidades prisionais. A proposta do secretário Sérgio Tamer foi apresentada no programa Notícias da Manhã, da TV Assembleia, e é considerada uma ação de curto prazo – seis meses de duração – por parte do governo do Estado para resolver o problema de superlotação no Sistema Prisional maranhense. Ato todo seriam criadas 40 delegacias espalhadas em todo o estado, chamadas “pequenas unidades prisionais”, as 18 regionais já existentes e a construção ou reforma de mais 22. Isto resultaria na criação, de imediato, de mais de 3 mil novas vagas. No entanto, segundo o deputado Cutrim, esta é uma proposta que não resolve o problema do sistema, pois seria a mesma a coisa de “cobrir um santo e descobrir outro”. O deputado Marcelo Tavares pensa da mesma forma que Cutrim. INDAGAÇÕES Em aparte feito ao discurso do deputado Cutrim, Marcelo Tavares indagou o ex-secretário de Segurança do porquê de o Maranhão com apenas 1% do total de presos do Brasil, apresentar um percentual nacional de 30% de mortes de presos e de acontecer furto de dinheiro, em espécie, dentro da secretaria de Segurança. Em resposta, o deputado Cutrim disse desconhecer as causas que levam o estado a deter o maior índice do Brasil de mortes de preso. Quanto ao furto de dinheiro, explicou que acredita ser necessário a secretaria dispor de dinheiro, em espécie, para atender a necessidade dos presos que não podem ir a uma agência bancária.“É dona Graça, uma antiga funcionária, que cuida disso. Acho que deve ter havido algum problema que levou a acontecer isto”, explicou. Marcelo Tavares, não satisfeito com as respostas, pergunta ao deputado Cutrim se existiria comércio dentro da penitenciária. Cutrim esclarece que, por questão de ética, preferia não responder as indagações do deputado.

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