O deputado Raimundo Cutrim (DEM) forneceu, na sessão desta quinta-feira (24), respostas a diversos questionamentos feitos pelo líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB). Cutrim fez questão de deixar claro que utilizou o tempo do Grande Expediente para traçar um diagnóstico do atual sistema carcerário do Estado e para fazer um relato das ações que desenvolveu nos períodos em que ocupou o cargo de secretário de Segurança do Estado.
Ao ser questionado sobre os recentes episódios envolvendo fugas de presos e rebeliões em presídios, Cutrim considerou que seria falta de ética profissional se reportar a assuntos que hoje dizem respeito a duas secretarias distintas: a Secretaria de Segurança Pública, comandada pelo secretário Aluísio Mendes, e a Secretaria de Gestão Penitenciária, dirigida pelo advogado Sérgio Tamer.
Em aparte ao discurso proferido por Raimundo Cutrim, Marcelo Tavares fez questão de declarar que não concorda com a proposta apresentada pelo secretário Sérgio Tamer que, em uma entrevista concedida à TV Assembleia, anunciou a intenção de transformar as unidades da Polícia Civil do interior do Estado em unidades prisionais.
Marcelo Tavares fez questionamentos também sobre a elevada taxa de mortes encarcerados no Maranhão, nos últimos quatro anos. O líder oposicionista indagou sobre o motivo dos desmontes do sistema carcerário e por que as coisas pioraram de forma tão rápida no sistema de segurança pública em geral e no sistema carcerário, especificamente.
Por fim, Marcelo Tavares pediu esclarecimentos sobre o recente sumiço de cerca de R$ 30 mil em espécie de dentro da Secretaria de Segurança. Depois de conceder aparte a Marcelo Tavares, o deputado Raimundo Cutrim reafirmou que a intenção de seu discurso no Grande Expediente foi exatamente a de prestar contas dos períodos em que foi o gestor da Segurança Pública.
“Agora, com as mudanças feitas pela governadora do Estado, o sistema foi desdobrado em duas secretarias: uma de Segurança Pública e outra de Gestão Penitenciária. Por uma questão de ética profissional, prefiro não tecer comentários nem fazer nenhum juízo de valor sobre o trabalho que agora está sendo realizado no Sistema de Segurança do Estado”, declarou Raimundo Cutrim.
