Deputada Gardênia Castelo presta homenagem à Mulher

Além de destacar a data, durante pronunciamento parlamentar disse que vai apresentar na Casa projeto de lei visando coibir a violência praticada contra a mulher no estado do Maranhão.

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Nice Moraes
Agência Assembleia
01/03/2011 00h00 - Atualizado em 01/03/2011 14h45

Deputada Gardênia Castelo presta homenagem à Mulher
Foto original

A deputada Gardênia Castelo (PSDB), em discurso proferido hoje (1º), na Assembleia Legislativa, prestou homenagens pela passagem do Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado no próximo dia 8. Durante a sua fala Gardênia Castelo aproveitou para chamar a atenção da sociedade para que não se perca de vista que a escolha do dia 8 de março, como Dia Internacional da Mulher, não pretendeu apenas se criar uma data a mais para comemorações. O esforço global, segundo ela, foi para discutir com mais abrangência e profundidade o papel da mulher dentro da sociedade contemporânea, procurando formas de minimizar ou até mesmo erradicar mazelas como o preconceito, a desvalorização, o estreitamento do mercado, a diferenciação de salários frente aos homens, a violência masculina, a jornada excessiva de trabalho, a desvantagem na carreira profissional, dentre outros. Como a data em homenagem à mulher ocorre na terça-feira de Carnaval, Gardênia Castelo disse que é precisamente durante o tríduo momesco que a violência contra a mulher aumenta consideravelmente. “A violência contra a mulher costuma botar suas garras de fora disfarçada nas suas mais variadas fantasias devido à liberalidade que a festa irradia dando-se a falsa impressão de que tudo é permitido, colocando a mulher com muita frequência em situação de perigo, humilhação ou constrangimento”, disse a deputada. Gardênia Castelo informou que irá apresentar na Casa projeto de lei visando coibir a violência praticada contra a mulher no estado do Maranhão. PESQUISA Na ocasião, a parlamentar destacou dados de uma pesquisa realizada em agosto do ano passado pelo cientista político e professor da Universidade de São Paulo, Gustavo Venturi, aplicada em 25 estados brasileiros sob o título “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado”. Esta pesquisa aponta dentre outros dados, o alto índice da violência contra a Mulher. A pesquisa constatou que mais de duas mulheres são agredidas por minuto no país e que 7,2 milhões de mulheres com mais de 15 anos já sofreram algum tipo de agressão. De acordo com a pesquisa, a pequena diminuição do número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 pode ser atribuída, em parte, à Lei Maria da Penha. Entre os pesquisados, 85% conhecem a lei e 80% aprovam a nova legislação. O estudo traz ainda dados inéditos sobre o que os homens pensam acerca da violência contra as mulheres: enquanto 8% dos admitem já ter batido numa mulher, 48% dizem ter um amigo ou conhecido que fizeram o mesmo, e 25% têm parentes que agridem as companheiras. Além disso, entre os 8% que assumem praticar a violência, 14% acreditam ter “agredido bem”, e 15% declaram que bateriam de novo.

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