Estudos apresentados, hoje (1º de março), pelo deputado Raimundo Cutrim (DEM), revelam que o Maranhão possui taxas de homicídios abaixo da média nacional. Ele usou dados do “Mapa da Violência 2001 – Os jovens do Brasil”, lançado em conjunto pelo Ministério da Justiça e Instituto Sangari, na última quarta-feira (24), e também do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo o “Mapa a Violência 2011”, dirigido pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, entre 1998 e 2008, o Estado teve as seguintes taxas de homicídios, para cada 100 mil habitantes: 5,0% (1998), 4,6% (1999), 6,1% (2000), 9,4% (2001), 9,9% (2002), 13,0% (2003), 11,7% (2004), 14,8% (2005), 15,0% (2006), 17,4% (2007), 19% (2008).
Em comparação aos demais estados da Federação, entre 1998 e 2000, o Maranhão registrou o menor índice de homicídio. Entre 2001 e 2004, o Estado registrou a segunda menor taxa do Brasil. “Deixamos o governo, em 30 de janeiro de 2006, com a 4ª menor taxa do país”, declarou Cutrim.
NÚMEROS
O deputado disse que é preciso discutir o que causou o crescimento acentuado a partir de 2006 e sem tendência de queda. “Esse fato nos traz grandes preocupações quando verificamos que essa violência continua a ter como principal ator e vítima a juventude”. Ele afirmou que quem mais mata e morre é o jovem. Fato verificado quando cruzados os dados do Sistema Penitenciário do Maranhão — 43% dos internos têm entre 18 anos e 25 anos.
Segundo o mesmo levantamento, a média nacional da taxa de homicídios foi de 25,9% (1998), 26,2% (1999), 26,7% (2000), 27,8% (2001), 28,5% (2002), 28,9% (2003), 27,0% (2004), 25,8% (2005), 26,3% (2006), 25,2% (2007) e 26,4% (2008). “Há que se destacar que no ano de 1998 o Maranhão apresentava a menor taxa nacional (4,6%), enquanto a média nacional era de 26,3% e a maior taxa era a de Pernambuco (58,9%)”, afirmou.
Ele disse acreditar que os dados de 2009 mostraram uma queda nos índices de homicídios, uma vez que neste período foram implantados vários programas preventivos, e alertou que com os grandes empreendimentos nas áreas de celulose, metalurgia, petróleo e refinaria, o estado terá que se preparar. “Já foi verificado em outros locais que investimentos dessa ordem trazem como conseqüência uma explosão demográfica e aumento do índice de violência”.
Cutrim usou dados de um segundo estudo, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Segundo este levantamento, entre 2008 e 2009 houve uma redução de 30,1% na taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes, caindo de 16% para 11,2%. “Já no ‘Mapa da Violência a taxa de homicídios de 2008 foi de 19%, assim a redução na nossa gestão seria de 43,15%”, avaliou.
Por fim, o deputado se dispôs a entregar cópias dos estudos aos deputados para que o tema fosse discutido em plenário com melhor embasamento.
