O deputado Bira do Pindaré (PT), na manhã desta quinta-feira (10), demonstrou seu contínuo apoio à greve dos professores da rede estadual de ensino. A paralisação começou na última terça-feira (01/03) e completa hoje 10 dias.
De acordo com o parlamentar, o governo estadual tenta desqualificar a greve dos professores, passando a ideia de que a greve é injusta. “Então é preciso que a gente conteste as informações da forma que o governo está apresentando. Porque me parece que é uma tentativa de manipulação da opinião pública, é uma tentativa de distorcer os fatos que existem em torno de um movimento como esse. O que nós queremos é discutir a educação”, afirmou.
Bira destacou algumas das reivindicações dos professores e lembrou que a situação das escolas públicas no Estado é caótica. “O fechamento de turnos nas escolas, com professores que foram aprovados e que estão aí na condição de excedentes e não são chamados, que estão à espera dessa nomeação. A falta de estrutura física nas escolas, até carteiras. Os estudantes chegam à sala de aula e não encontram carteira para sentar... A superlotação das turmas, uma reclamação recorrente dos professores e que compromete, sabidamente, a qualidade do ensino. Há turmas com 70 alunos, com 80 alunos, é um absurdo, é absolutamente inviável se desenvolver qualquer método de aprendizagem com uma turma superlotada, além da extinção de vagas e outras questões que eles levantam”, disse Bira.
O deputado exigiu da governadora Roseana Sarney e da base governista na Assembleia Legislativa um tratamento mais humanizado com os professores e que o governo olhe com atenção a situação vivida pelos educadores. “Faço um apelo à base do governo, à governadora para que a gente trate este assunto com seriedade, que a gente trate de frente, que a gente não tente fazer uma disputa junto à opinião pública, que a gente possa trazer esta discussão com a transparência necessária, com a seriedade necessária, procurando resolver o problema, que é um problema que afeta a todos nós, a todo o Maranhão”.
Bira encerrou seu pronunciamento ressaltando que os professores em greve, estão apenas exigindo seus direitos básicos para o exercício da profissão. “Eles não estão pedindo regalias, eles não estão pedindo privilégios, eles estão pedindo apenas que o Estatuto da Educação, o Estatuto do Educador possa ser trazido para a discussão na Assembleia Legislativa”, concluiu.
