Uma das principais atrações turísticas do país, a região dos Lençóis Maranhenses, está isolada para o turismo por falta de pistas de pouso na região que engloba o município de Barreirinhas.
A denúncia foi feita na tribuna da Assembleia Legislativa pelo deputado Hélio Soares (PP). Ele acrescentou que a pista destinada a aeronaves de grande porte está interditada em razão de um erro técnico, uma falha no eixo da pista que torna inviável o pouso das aeronaves.
Para agravar a situação, segundo o parlamentar, não existem mais escritórios da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na região. Nem no Maranhão, nem no Piauí ou Pernambuco. Qualquer solução para os problemas da aviação civil terá que vir de Brasília ou do Rio de Janeiro.
Hélio Soares denunciou, ainda, que o cartel dos combustíveis existente no Maranhão também atingiu a aviação civil. O preço da gasolina de avião foi majorado de R$ 3,80 para R$ 4,50 e é bem mais barata em outros estados.
Soares informou, ainda, que a pista de pouso do outro aeroporto de Barreirinhas, localizado dentro da cidade e destinado a aeronaves de pequeno porte, não está liberada porque a ANAC exige a construção de um muro em volta do aeroporto, que afaste os animais, para conceder a liberação.
O parlamentar apelou ao ministro do Turismo, o maranhense Pedro Novais no sentido de que se retome o projeto antigo da pista que foi construída fora do eixo a fim de que aeronaves de grande porte voltem a pousar em Barreirinhas. Lembrou que os lençóis maranhenses chegaram a ser incluídos entre as 7 maravilhas turísticas do mundo e, no entanto, não podem ser alcançados pelos turistas.
Em aparte, o deputado Edilázio Júnior disse que o ministro Pedro Novaes, durante encontro mantido com parlamentares, colocou como prioridade, embora esteja fora da competência do Ministério do Turismo, a reabertura do aeroporto de Barreirinhas.
