Stênio: Maranhão é destaque na mais nova fronteira agrícola do país

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Agência Assembleia
22/03/2011 00h00 - Atualizado em 00/00/0000 00h00

Stênio: Maranhão é destaque na mais nova fronteira agrícola do país
Foto original

O deputado Stênio Rezende (PMDB) declarou, na manhã desta terça-feira (22), que boa parte do território maranhense está favoravelmente inserido em uma das áreas mais promissoras para o agronegócio no Brasil, que está sendo considerada como a mais nova fronteira agrícola do mundo. O parlamentar utilizou todo o Grande Expediente, na sessão desta terça-feira, para ressaltar a importância desta nova fronteira agrícola do país, que começa a se consolidar em uma extensa área que abrange terras dos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Trata-se, segundo o deputado, do Mapitoba, como se convencionou chamar esta região pela contratação das quatro siglas dos quatro Estados. Stênio explicou que estas terras têm um grande potencial produtivo para a soja, cana, milho, feijão, arroz, algodão, culturas de biodiesel, pecuária e reflorestamento. O Mapitoba, segundo Rezende, é considerado a região que mais cresce no Brasil e que representa uma das melhores opções do setor agrícola para investidores locais e estrangeiros. “Esta região”, salientou o deputado, “está despontando como uma das maiores potências do agronegócio nacional, devido a uma série de fatores geoeconômicos”. O deputado observou que, em razão da grande disponibilidade de terras férteis e com preços abaixo das outras regiões de predominância agrícola, tem-se verificado a intensa migração de produtores do Centro Sul brasileiro no sentido de desenvolver culturas mecanizadas no sul do Maranhão e Piauí, oeste baiano e norte do vizinho Estado de Tocantins. De acordo com Stênio Rezende, o fluxo de famílias e empresas de diferentes procedências do Brasil e a instalação de complexos empresariais, nacionais e estrangeiros, em curto espaço de tempo nesse imenso volume de terras que é o Mapitoba, atesta que “estamos diante não só da mais nova fronteira agrícola do mundo, mas também da última nessas dimensões”. O deputado explicou que a velocidade dos acontecimentos, no entanto, não é só devido às potencialidades dessa imensa e fascinante porção do Brasil, a pressa é do mercado mundial impulsionado pela demanda crescente de alimentos. Citando recentes levantamentos realizados pelo Ministério da Agricultura, Stênio informou que a área do Mapitoba é 414.381 quilômetros quadrados, maior do que a de países como a Alemanha; e a população é de 2 milhões e 100 mil habitantes, superior à capital do Estado do Paraná, Curitiba. “Temos ainda a informação”, acrescentou Stênio, “que o Mapitoba já produz mais de 10% da soja nacional, mesmo tendo suas áreas de cultivo muito mais recentes do que o Cerrado Centro-Oeste e a histórica agricultura mecanizada do sul do país. Em 10 anos a soja teve expansão de área cultivada em mais de 150%, e neste mesmo tempo teve volume quatro vezes maior que a primeira produção atestando a alta produtividade das terras do Mapitoba”. Alem da soja, deve crescer muito nesta região a produção de cana de açúcar, algodão, silvicultura e produtos pecuários. Apesar de dispor ainda de preços abaixo da média de outras áreas produtivas essas terras valorizam em percentuais superiores as terras das outras regiões do país, a uma média em 10% ao ano. Stênio salientou ainda a logística, como outro fator fundamental para a atração de investimento. Segundo ele, a produção em terras do Mapitoba é privilegiada pela Ferrovia Norte-Sul, operada hoje pala Vale do Rio Doce que transporta soja até o Porto do Itaqui, localizado em São Luis. Diante deste auspicioso cenário, frisou Stênio Rezende, o Maranhão vem se preparando com ações efetivas, discutindo e planejando as ações estratégicas. E a ampliação de portos, rodovias, ferrovias e hidrelétricas torna-se indispensável para a geração de energia. Ao encerrar seu discurso, Stênio Rezende disse que pretende voltar ao tema, na tribuna da Assembléia, para reafirmar a importância do complexo produtivo que representa o Mapitoba, para o Maranhão, para o Brasil e para o mundo. “Levantar questões relativas ao que se processa de mais moderno no panorama da agropecuária brasileira e como é próprio deste Poder fazer espelhar aqui os reflexos dos interesses da sociedade maranhense nos seus mais diversos segmentos. Em especial desta vez a necessidade da socialização do tema da expansão da agricultura mecanizada, uma realidade que cresce em progressão geométrica também no Estado do Maranhão”, salientou Rezende. Em apartes ao pronunciamento de Stênio Rezende, os deputados Magno Bacelar e Eduardo Braide destacaram a importância da discussão sobre a nova realidade econômica que está surgindo no Estado, especialmente na região de Balsas. Tanto Braide quanto Bacelar manifestaram-se solidários à preocupação de Stênio Rezende de ampliar o debate sobre as potencialidades e sobre os desafios que estão surgindo no cenário da pecuária e da agricultura praticados no Maranhão. Magno Bacelar e Eduardo Braide elogiaram a explanação feita por Stênio Rezende, com informações pormenorizadas sobre a mais nova fronteira agrícola do País, da qual o Maranhão participa diretamente.

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