Parlamentares iniciam agenda positiva

icone-whatsapp
Viviane Menezes
Agência Assembleia
25/03/2011 00h00 - Atualizado em 25/03/2011 17h43

Parlamentares iniciam agenda positiva
Foto original

O encontro com deputados da Assembleia Legislativa do Piauí na manhã desta sexta-feira, 25, no Hotel Luzeiros, inaugurou a agenda positiva que a Assembleia do Maranhão vai desenvolver com estados fronteiriços pelo desenvolvimento social e econômico do país. A proposta para somar forças foi lançada pelo presidente da Assembleia do Maranhão, deputado Arnaldo Melo (PMDB), ao fim da reunião. Arnaldo Melo detalhou que a força-tarefa em favor do desenvolvimento não se limita às Assembleias Legislativas, mas também deve envolver todos os poderes constituídos dos estados (Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins). “A nossa ideia é desenvolver uma zona de influência técnica e econômica”, declarou. Prestigiada por grande parte do parlamento maranhense (cerca de 20 deputados), a reunião contou ainda com a presença do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Themístocles de Sampaio Filho (PMDB), e pelos deputados piauienses Gustavo Neiva (PSB), Tadeu Maia (PSB) e Warton Soares (PMDB). O deputado federal do Piauí, Marlos Sampaio (PMDB), e o vereador José Nito (PMDB), representando a Câmara Municipal de Teresina, também marcaram presença. Representantes das empresas OGX e MPX, Edio Rodenheber (presidente da MPX-Itaqui) e George Fernandes (gerente de operações da OGX), falaram sobre a implantação da usina termelétrica do Itaqui e a exploração de gás e petróleo no Estado. O debate foi provocado pela possibilidade do Piauí ser uma possível fonte de gás e petróleo, vista a proximidade com a região do Baixo Parnaíba maranhense. PREOCUPAÇÕES A questão do equilíbrio ambiental e a garantia da geração de emprego para maranhenses foram os principais questionamentos dos deputados manifestados depois das apresentações da OGX e da MPX. Desde o descarregamento do carvão que chega da Colômbia ao porto do Itaqui (matéria-prima da usina termelétrica) até as emissões consequentes do processo de combustão, foram temas abordados. Edio Rodenheber, afirmou que o descarregamento é realizado de forma segura, através de um tubo de sistema fechado que entra no porão do navio, eliminando qualquer contato externo com a matéria. Depois da combustão, os resíduos são colocados em contado com a cal, produzindo uma substância semelhante ao gesso, que é depositado numa espécie de aterro, instalado em local devidamente licenciado pelos órgãos competentes. Como parte do sistema antipoluente também é utilizado um filtro de mangas, que ao absorve 99% das partículas geradas pela combustão do carvão (cinzas). Essas partículas são reaproveitadas na produção de cimento. Outra emissão bloqueada é de NOX (derivado do nitrogênio); seus efeitos são abatidos através do controle de temperatura da combustão. EMPREGO E RENDA Com relação à geração de emprego e renda, o deputado César Pires (DEM) questionou a forma utilizada pela empresa para definir os perfis profissionais. Ele defendeu que os maranhenses também ocupem cargos qualificados e não se limitem aos empregos temporários de baixo escalão, necessários apenas à fase de implantação da usina. César Pires afirmou que o Governo do Estado não dispõe de nenhuma documentação com referência à questão da empregabilidade. Edio Rodenheber afirmou que a empresa não realizou nenhum estudo aprofundado sobre o assunto, mas destacou que há um compromisso do grupo para que os postos de trabalho sejam ocupados, de forma majoritária, por maranhenses. Ele destacou que hoje o percentual de maranhenses empregados no local é de 71%. De acordo com o presidente da MPX-Itaqui, as instalações da usina termelétrica estão em fase de conclusão e devem começar a funcionar no segundo semestre deste ano.

Banner