A Assembleia Legislativa deverá votar, na próxima segunda-feira, 4, o projeto de resolução, de iniciativa do deputado Alexandre Almeida (PT do B), que cria a Frente Parlamentar de combate ao crack. A informação foi transmitida na manhã de hoje (quinta-feira, 31) durante entrevista de Alexandre Almeida ao programa Portal da Assembleia (TVN, canal 38).
Segundo Alexandre Almeida, a proposta estava na pauta para votação ontem (quarta-feira, 29),mas acabou sendo transferida em razão da Mesa Diretora decretar luto oficial de três dias em decorrência da morte do ex-vice-presidente da República, José Alencar.
Alexandre Almeida destacou a importância da conjugação de esforços pelo combate ao crack, visto que essa luta já se reflete em todas as assembleias estaduais. Ele lembrou que o Congresso Nacional instalou duas frentes parlamentares: uma mista (com membros do Senado e da Câmara Federal) e outra da Câmara Federal.
Na certeza de que o plenário reconhecerá a importância do projeto, aprovando a matéria, Alexandre Almeida explicou que a Frente terá como meta inserir na discussão todas as entidades que tenham afinidade com o tema, como é o caso das Secretarias de Saúde e de Segurança, do Ministério Público, do Poder Judiciário e da sociedade civil organizada.
“Juntos, vamos encontrar uma solução para combater essa epidemia que está se alastrando pelo país”, declarou.
REFORMA POLÍTICA
Durante a entrevista, Alexandre Almeida também falou a reforma política que se encontra em discussão no Congresso Nacional. Ele defendeu uma ampla mobilização para discutir o projeto. “Nós queremos que sejam aprovadas mudanças que reflitam o desejo da sociedade”, disse, defendendo a discussão no âmbito estadual.
Alexandre Almeida se posicionou contrário a um ponto polêmico da reforma, o voto em lista fechada. Esse modelo, que já foi aprovado pela Comissão da Reforma Política do Senado, prevê que o eleitor vote nos partidos, que terão uma lista de candidatos pré-definida. “É a dinastia partidária”, definiu o deputado.
Ele também se manifestou contrário à proposta que acaba com o sistema proporcional, atribuindo mandatos àqueles que conquistarem maior número de votos. “Acabar com o sistema proporcional é acabar com o direito das minorias”, avaliou.