O deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) declarou, na manhã desta terça-feira (12), que a Fundação de Apoio à Pesquisa do Maranhão (Fapema) enviou à Assembleia Legislativa informações incompletas sobre o pagamento de bolsas de estudo a pessoas ligadas a movimentos políticos de apoio ao governo do estado.
De acordo com o deputado, foram insatisfatórias as respostas encaminhadas pela Fapema, diante de questionamentos feitos pelos deputados. “A resposta da Fapema não responde absolutamente nada e, por isso, nós iremos dar entrada em um novo pedido de informação”.
O parlamentar frisou que o governo precisa esclarecer se a Fapema vem sendo ou não utilizada para desvio de finalidade. Ele salientou que a diretora da Fapema, Rosane Guerra, acabou confirmando tudo o que fora denunciado pela oposição na Assembleia.
“Devo dizer que a diretora Rosane Guerra é uma pessoa por quem tenho carinho e respeito, e reconheço os avanços que a Fapema teve na gestão dela, como a ampliação do número de bolsas e também todas as concessões através de editais. Mas todos os nomes que denunciamos, todos foram confirmados como recebendo recursos da Fapema”.
Em seu pronunciamento, Rubens Júnior citou como beneficiários da instituição quatro ex-prefeitos, três dirigentes de partido e a testemunha de acusação no processo contra o então governador Jackson Lago. Eles receberam valores, segundo a própria dirigente da Fapema, que variaram entre R$ 1.200, R$ 2.000, R$ 2.000 e R$ 4.000.
Rubens Júnior questionou: “Quais foram as pesquisas realizadas por eles? E ela não respondeu. Ela jogou a culpa, a responsabilidade para a Seduc. E olha que estamos falando de muito dinheiro. Sabem quanto a Fapema teve no ano passado entre convênios e contratos? R$ 163 milhões. O estudante está recebendo R$ 500,00 por mês, uma bolsa lá, um graduando ou um pós-graduando e o dirigente partidário está recebendo R$ 2.000, R$ 3.000 e R$ 4.000 por mês. E o que ela fez? Jogou toda a responsabilidade para a Seduc”, afirmou o deputado.
