Comissão busca alternativas para problema do Aldenora Bello

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Cláudio Brito
Agência Assembleia
13/04/2011 00h00 - Atualizado em 13/04/2011 14h03

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa estará reunida com o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, nesta quarta-feira (13), às 16h. Em pauta a busca de uma solução para o retorno do pronto atendimento oncológico, do tratamento da dor e do tratamento domiciliar no Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Belo. Estes serviços estão suspensos desde o último dia 23. A informação foi repassada pelo presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, deputado doutor Pádua (PDT), após reunião com os demais membros da comissão, os deputados Antonio Pereira (DEM), Stênio Rezende (PMDB), Carlinhos Florêncio (PHS), além das também parlamentares Vianey Bringel (PMDB) e Valéria Macedo (PDT). Dr. Pádua acha que a reunião será uma excelente oportunidade para que a população saiba o que o governo planeja para resolver o problema do Aldenora Bello, o único hospital especializado no tratamento de câncer no Maranhão. A expectativa é que a Secretaria (SES) renove o convênio com o Instituto Maranhense de Oncologia. Após a reunião, a Comissão convidou o secretário-adjunto da SES, José Márcio Leite, para comparecer à Assembleia no dia 27 de abril. José Márcio deve falar sobre as políticas do governo estadual para o setor nos próximos quatro anos. O presidente da Comissão adiantou que os deputados também querem saber detalhes dos atendimentos básico, médio e de alta complexidade. “Precisamos estar informados para dar uma satisfação ao povo, que nos cobra soluções dos problemas no setor de saúde pública do Maranhão”, disse a deputada Valéria Macêdo. CRISE NO ALDENORA BELLO A presidente da Fundação Jorge Dino, Enide Moreira Lima Jorge Dino, informou à Comissão de Saúde que o encerramento da prestação de serviços no Hospital Aldenora Bello - iniciados em 2008 com financiamento insuficiente ou não financiados pelo Sistema único de Saúde (SUS) - foi ocasionada por dificuldades financeiras. Segundo ela, por meio do convênio 249/2008, assinado com a SES, o Hospital Aldenora Bello recebeu, até 31/12/2008, para os serviços suspensos e outros de alta complexidade em oncologia, R$ 273.000 mensais, para compensar a diferença entre a tabela do SUS e os recursos da Fundação Antonio Jorge Dino. De acordo com Enide, este convênio no último dia de 2008 e só em setembro de 2009 foi assinado outro, reduzido para R$ 165.518,09. “Os custos mensais eram de 330.000, em razão da demanda muito superior à inicialmente prevista. Aumentaram porque construímos novas unidades, compramos equipamentos, móveis e contratamos muitos profissionais”, disse. Enide Dino disse que desde 1º de setembro do ano passado o Aldenora Bello está atendendo sem convênio. Segundo ela, orientada pela SES, a Fundação Antonio Jorge Dino deu entrada em processos diversos, solicitando, respectivamente, o ressarcimento dos gastos no período posterior ao encerramento do convênio e a celebração de outro. “Sem solução, informamos o encerramento dos serviços à SES. Prepostos do secretário nos propuseram a manutenção dos serviços, garantindo que antes do final do mês assinaríamos novo convênio. Aproxima-se o final do sétimo mês e até agora a SES não deu uma solução para o problema, que compromete seriamente nosso capital de giro, lamenta Enide Dino.

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