Professores da Sementinha participam de palestra sobre cuidados nutricionais

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Nice Moraes
Agência Assembleia
02/05/2011 00h00 - Atualizado em 02/05/2011 18h51

Professores da Sementinha participam de palestra sobre cuidados nutricionais
Foto original

A adoção de medidas voltadas aos cuidados alimentares deve ser uma prática constante tanto por parte dos pais, como da escola. O objetivo é evitar o surgimento de patolologias que podem desencadear sérios problemas à saúde das crianças. Pensando nisso, a nutricionista da Creche Escola Sementinha, Juliana Araújo, realizou uma palestra na manhã desta segunda-feira (2), no auditório da Assembleia, onde os professores obtiveram informações sobre os mitos e verdades sobre os cuidados nutricionais. Nesse primeiro momento a palestra foi direcionada aos professores da Sementinha, mas em breve, será a vez dos pais obterem informações sobre os cuidados alimentares que devem ter com os seus filhos. “Os pais devem ter uma orientação correta para poderem agir com as crianças. Muitas vezes as orientações que eles têm não é a correta para ser seguida. Então, no primeiro momento, os pais devem ter cuidados próprios, porque as crianças são reflexos das orientações alimentares deles”, afirmou Juliana Araújo. A nutricionista disse que a palestra aos professores e pais, assim como as devidas orientações às cozinheiras da creche, é necessária, tendo em vista que foram detectadas patologias em várias crianças da escola, como glicemia alterada, colesterol alto, intolerância à lactose, alergia ao leite, estomatite e constipação A nutricionista Juliana Araújo ressaltou a importância de a escola buscar a interação, visto que se trata de um ambiente aonde se adquire educação. Ela lembrou que hoje em dia profissionais dão palestras sobre reeducação alimentar e é nessa fase escolar que as crianças devem adquirir os hábitos alimentares. PATOLOGIAS A tolerância à lactose foi um dos temas tratados durante a palestra, com ênfase aos alimentos não permitidos às pessoas que têm esse tipo de patologia. Segundo a nutricionista Juliana Araújo, ficam proibidos todos os leites in natura ou em pó, de qualquer espécie, e todos os produtos contendo leite (exceto leite sem lactose), tais como sorvete, iogurte, leite condensado, queijo, leite maltado, ovomaltine, alguns cafés instantâneos, bebidas de cacau, manteiga e requeijão. “Bebidas como iogurte ou leite fermentado podem ser uma boa recomendação, em comparação a outros produtos lácteos, para pessoas com intolerâncias à lactose”, disse Juliana Araújo, lembrando que o nível de lactose varia de uma marca de iogurte para outra. A nutricionista ressaltou, também, que caso o indivíduo não consiga tolerar a ingestão de uma pequena quantidade de lactose, existem enzimas disponíveis no mercado que podem ajudar na digestão. ALERGIA AO LEITE Juliana Araújo informou que esse tipo de patologia é uma resposta imunológica do organismo à proteína do leite, que pode ser de vaca, de cabra ou de búfala. A alergia ao leite de vaca atinge cerca de 5% dos bebês e crianças com menos de três anos. Já os adultos raramente têm a doença. Os sintomas mais comuns são: diarréia, prisão de ventre, irritabilidade, refluxo, vômitos, vermelhidão na pele, perda de peso e outros. O diagnóstico é feito por meio da observação dos sintomas. A nutricionista informou que alguns exames podem ajudar, porém, a única maneira de saber se a criança tem ou não alergia ao leite de vaca é fazer uma dieta de exclusão do leite e seus derivados por um período de quatro semanas. O tratamento, Juliana Araújo, consiste na exclusão total do leite da dieta, já que mesmo pequenas quantidades podem desencadear reação imune. Ela esclarece que o não consumo de leite e dos seus derivados pode acarretar deficiência de cálcio. ESTOMATITE É o nome geral que se dá para qualquer inflamação da boca ou gengivas. Uma das estomatites mais comuns é o “sapinho”, que é caracterizado pelo aparecimento de manchas brancas parecendo nata de leite em qualquer parte da boca. As causas são as infecções por vírus, que se manifestam como aftas na boca, gengivas, lábios e língua. Quanto aos cuidados nutricionais, os pacientes devem tomar bastante líquido. A limpeza da boca, mesmo com sangramento, pode e deve ser evitada.

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