Ele apresentou Moção, a ser encaminhada ao Ministério da Justiça, pedindo que seja suspensa qualquer decisão sobre questões indígenas em Grajaú, Barra do Corda, Amarante, Formosa da Serra Negra e outros municípios.
O presidente da Assembleia, Arnaldo Melo (PMDB), apresentou Moção à Mesa Diretora, nesta quarta-feira (18), a ser encaminhada ao Ministério da Justiça, pedindo que seja suspensa qualquer decisão sobre a questão que envolve indígenas e brancos em Grajaú, Barra do Corda, Amarante, Formosa da Serra Negra e outros municípios, e que atinge mais de três mil famílias.
“A informação que temos é que esta resolução já está bem adiantada no Gabinete do ministro da Justiça, e pode ser no sentido de aumentar de 82.432 para 134.432 mil hectares a área indígena nos territórios desses municípios. Nós estamos muito preocupados com o choque que poderá acontecer entre as etnias”, revelou com preocupação o deputado.
Diante dessa situação, Arnaldo Melo pediu o apoio das lideranças partidárias da Casa para que seja aprovada a Moção o mais rápido possível. “Há pouco tempo vimos aquela situação criada em São Pedro dos Cacetes, na qual houve perdas de vida, e que só se resolveu com a criação do município de Remanso”, lembrou.
Em aparte, o deputado Roberto Costa (PMDB) sugeriu à Mesa, no que foi acatado, que seja marcada uma audiência com o ministro da Justiça o que, segundo ele, já está sendo feito pela governadora Roseana Sarney (PMDB), por intermédio da Casa Civil da Presidência da República, para que a bancada federal do Maranhão, no Senado e na Câmara, se juntem aos deputados estaduais e peçam que essa decisão não seja tomada, sem que antes todas as variáveis sociais sejam consideradas.
Por sua vez, também em aparte, o deputado Manoel Ribeiro (PTB) sugeriu, no que foi prontamente acatado, que a Moção fosse incluída na Ordem do Dia da sessão de amanhã (19), pegando a assinatura de dois terços dos deputados, conforme prevê o Regimento da Casa, para poder ser aprovada mais rapidamente.
No entendimento do deputado Arnaldo Melo, o que se vê naqueles municípios é que os índios não estão questionando tanto o aumento de terra, o que eles querem são investimentos e políticas públicas para melhorar as condições de vida deles, o que é uma reivindicação justa, e que nós apoiamos. “Então nós precisamos de tempo para poder conciliar essa situação e dirimir essas questões”, recomendou.
