O debate sobre a inserção dos deficientes auditivos no sistema tradicional de educação ou em um específico foi o tema tratado pelo deputado Eduardo Braide (PMN), durante a sessão desta quinta-feira (19), na Assembleia Legislativa. O parlamentar registrou a realização de um grande encontro, em Brasília, para discutir o assunto.
O debate reúne representantes dos deficientes auditivos, do Ministério da Educação, além de pedagogos e técnicos que devem elaborar diretrizes mantendo ou reformulando as atuais orientações sobre ao ssunto. “O Ministério da Educação defende que esses portadores de deficiência auditiva sejam inseridos na rede normal, ao passo que, as associações, as entidades que defendem os interesses dos deficientes auditivos, assim como os familiares defendem que sejam na rede especial”, disse Braide.
“Então o que nós esperamos é que o Ministério da Educação tenha sensibilidade de ouvir as reivindicações das entidades e dos familiares daqueles deficientes que, na verdade, sofrem na pele a dificuldade de enfrentar essa situação pela vida e possa ter ao final disso uma decisão no sentido de que seja adotada a melhor medida para que não seja prejudicada a educação dessas pessoas que sofrem dessa deficiência”, acrescentou.
O líder do Bloco de União Democrática sugeriu que a Assembleia Legislativa também participe das discussões. “A sugestão que faço é que a Comissão de Educação possa acompanhar de forma mais próxima o desdobramento desse assunto. Na verdade, os deficientes têm que ser incluídos duas vezes. Incluídos não só da educação, mas incluídos também pela forma especial que eles precisam ser olhados precisam ser verificados”, defendeu o parlamentar, que também lembrou que a Assembleia Legislativa já possui técnicos que trabalham a linguagem de sinais durante as sessões realizadas diariamente na Casa.
CONTRIBUIÇÃO
Durante aparte, o deputado Antônio Pereira (DEM) elogiou a iniciativa de Braide e defendeu que os deficientes auditivos recebam uma atenção ainda mais especial no sistema de ensino brasileiro. “Há um estudo que mostra que em salas normais, ao final do ano letivo os deficientes auditivos aprendem menos do que os que não têm deficiência. E no sistema especial as aulas são dadas através de libras [linguagem brasileira de sinais] e que o português vem depois e isso faz a grande diferença, faz com que o aprendizado dele seja no nível do aluno normal sem nenhum tipo de deficiência era essa a minha contribuição”.
