Milhomem pede que Assembleia aprofunde debate sobre áreas indígenas

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Ribamar Santana
Agência Assembleia
23/05/2011 00h00 - Atualizado em 00/00/0000 00h00

O deputado Carlos Alberto Milhomem (DEM) defendeu da tribuna da Assembleia, na última quinta-feira (19), que a questão relacionada à demarcação de áreas indígenas, no Maranhão, seja tratada em profundidade e com muita cautela, uma vez que se trata de uma questão complexa. “Não podemos ressuscitar ódio entre os ditos civilizados e os nossos irmãos indígenas”, alertou o deputado Milhomem. Ele cobrou responsabilidades do governo em relação ao conflito entre brancos e índios: “o que existe é a incompetência dos nossos governos, principalmente o Federal a quem está afeto o assunto, de dar assistência aos nossos silvícolas. O que se precisa é que o governo assuma realmente as áreas indígenas”. De acordo com o deputado, alguns de seus pares sempre buscam tirar proveito eleitoreiro no debate de questões graves do Estado do Maranhão, dentre as quais as relacionada à demarcação de áreas indígenas. Em resposta à colocação de Milhomem, a deputada Eliziane Gama, em aparte, esclareceu que sempre defenderá o interesse das minorias e que estava temerosa quanto à votação da Moção aprovada, a ser encaminhada ao ministro da Justiça, que pede a suspensão da decisão sobre a demarcação de áreas indígenas que envolvem vários municípios do estado. Os deputados Raimundo Cutrim (DEM) e Magno Bacelar (PV), também em apartes, adicionaram elementos novos à discussão sobre as áreas indígenas. “Aqui no Maranhão, nós precisamos resolver de maneira correta, dizer quais são as áreas indígenas para não ter essa briga. É possível a convivência harmoniosa entre brancos e índios. Esse é um problema de vários estados brasileiros. Devemos buscar uma solução conjunta das diversas esferas de governo”, defendeu Cutrim. “Sabemos que dos 15 % das terras férteis de nosso estado, 8% estão nas mãos dos indígenas, que são hoje aproximadamente 29 mil no Maranhão, que precisam ser assistidos e ter garantidos seus direitos”, argumentou Magno Bacelar.

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