César condena MEC por aceitar ultrajes ao português

Ele criticou o fato do Ministério da Educação ter aceitado a incorporação de expressões da linguagem popular incorretas pela norma culta, nos livros paradidáticos distribuídos na rede pública de ensino.

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Ribamar Santana
Agência Assembleia
24/05/2011 00h00 - Atualizado em 24/05/2011 17h07

César condena MEC por aceitar ultrajes ao português
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O deputado César Pires (DEM) posicionou-se contra, na sessão da Assembleia, desta terça-feira (24), em relação à incorporação de expressões da linguagem popular, consideradas incorretas pela norma culta, nos livros paradidáticos distribuídos na rede pública de ensino pelo Ministério da Educação. “Confesso que feriu de morte os meus conceitos educacionais, quando uma proposta levantada pelo ministério da Educação traz à baila, o aceite, o concordo e, sobretudo, a propalação de ensinamentos que no meu entendimento afrontam a língua mãe, e faz cair de morte a esperança dos educadores de um dia poder ver uma educação de qualidade em nosso país”, confessou indignado César Pires. Segundo o deputado, é doído para alguém que lutou a vida inteira com o objetivo de ver essas correções, aceitar essas aberrações. “O povo foram”, deputada Vianey Bringel, exemplificou César Pires, agora está chancelado pelo Ministério da Educação, está correto na nova gramática ministerial. César Pires adiantou que vai propor a criação de um Fundo Estadual, com recursos oriundos das multas do trânsito, para ajudar a secretaria de Educação no que diz respeito a corrigir falhas em relação às condições de trabalho dos professores. SOLIDARIEDADE A questão levantada pelo deputado César Pires, que tomou conta do Congresso Nacional nos últimos dias, foi considerada muito oportuna por diversos parlamentares que o apartearam. O deputado Fábio Braga (PMDB) disse que, até aqui, todos nós falhamos na proposta de melhorar a educação, e que o Maranhão continua como o Brasil a ter dificuldade no setor educacional. Para Carlos Alberto Milhomem (DEM), está havendo uma inversão de valores dentro do Ministério da Educação: “Técnicos frustrados, às vezes, planejam de dentro dos seus gabinetes com ar condicionado o que deve acontecer lá em Lago do Mato, no Maranhão”, protestou. O deputado Eduardo Braide (PMN), por sua vez, parabenizou César Pires por trazer o tema à discussão e propôs que fosse elaborado um documento no qual o Legislativo estadual se posiciona claramente em relação a essa questão. “Deputado César Pires o senhor que conhece bem esse assunto pode encabeçar esse documento, e com certeza contará com o apoio de todos os colegas dessa Casa, a exemplo do que aconteceu em relação às áreas indígenas”, defendeu. Mais uma vez, César Pires encerrou seu pronunciamento lendo a frase de Rui Barbosa, destacada do seu famoso discurso denominado Oração aos Moços: “De tanto triunfar a nulidade, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos homens, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, de ter vergonha de ser honesto”.

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