O deputado Antonio Pereira (DEM) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (31) para registrar que participou, quinta-feira (26), em Estreito, de uma audiência pública promovida pela Comissão de Meio Ambiente da Casa, para discutir a causa da mortandade de toneladas de peixes no rio Tocantins, e reconhecer o processo de compensação do Consórcio de Energia Estreito (Ceste).
Participam também da audiência o presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB), e os deputados Leo Cunha (PSC), Alexandre Almeida (PT do B), Valeria Macedo (PDT), Carlinhos Amorim (PDT), Doutor Pádua (PP), Gardênia Castelo (PSDB), membros do Ministério Público, do Ibama, defensores do meio ambiente e outros.
Antonio Pereira revelou que soube, por meio de técnicos especializados do Ceste, que a mortandade, ocasionada pelo estouro da bexiga natatória dos peixes grandes e pequenos, aconteceu no momento da pressão exercida durante o teste da primeira turbina da Hidrelétrica.
O deputado disse que o Ceste prometeu que a mortandade foi um fato isolado e será controlada durante o teste das outras turbinas da hidrelétrica de Estreito. Segundo ele, a hidrelétrica está sendo construída dentro de um planejamento para o desenvolvimento do país.
O parlamentar observa que como qualquer outro projeto dessa magnitude do Brasil e do mundo, o Ceste também provocou impactos sociais na região onde foi instalado. “Mas, estudiosos internacionais recomendam que nenhum país deve deixar de lado a geração de energia para promover o desenvolvimento”, assinala.
COMPENSAÇÃO
Pereira reconhece que o Ceste fez a compensação, executando benefícios para Estreito. Segundo ele, o consórcio construiu os prédios do Batalhão da PM, da delegacia da Polícia Civil, do posto de saúde, do Fórum, do conselho tutelar, da creche, duplicou a BR e doou cinco viaturas ao município.
O parlamentar disse que o Ceste reformou do prédio da Prefeitura de Estreito, relocou três escolas rurais alagadas, doou uma ambulância e entregou uma praia artificial, permanente muito bonita e organizada, para a população da região Tocantina.
De acordo com Pereira, o Ceste está concluindo o aterro sanitário de Estreito, doou um caminhão compactador de lixo para a coleta da cidade e promete construção de quatro poços artesianos e quatro reservatórios d´água em algumas localidades.
FOME DE ENERGIA
Na opinião de Antonio Pereira, o mundo tem fome de energia. Ele informa que o Brasil tem uma produção de energia calculada em 900 megawatts e tem capacidade de produzir até 170 mil megawatts nos próximos anos.
“Infelizmente, nossas hidroelétricas foram construídas no Sul, no Sudeste e no Nordeste. Hoje, resta apenas o potencial hidroelétrico do Norte e parte do Nordeste. E aí entra a nossa hidroelétrica de Estreito e o nosso Rio Tocantins”, disse Pereira.
O democrata observa que nossa reserva de petróleo é calculada em 26 bilhões de barris. “Com o pré-sal, essa reserva pulará para 40 bilhões de barris. Hoje temos, também, a melhor tecnologia de produção de etanol, principalmente o oriundo da cana-de-açúcar”, comenta Pereira.
