Preocupado com o crescente número dos casos de violência na cidade de Zé Doca, no Vale do Pindaré, o deputado Neto Evangelista (PSDB) propôs a realização de uma audiência pública para discutir o assunto. “Precisamos assegurar que aquela população não tenha medo de falar. Vossas Excelências ficarão abismados com o que vão ouvir daquela população”, disse o parlamentar, que nos próximos dias deve protocolar o pedido junto à Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.
O parlamentar disse ter ficado bastante preocupado com as informações que lhe chegaram sobre os casos de violência na cidade e municípios da região. Um destes, ele próprio constatou no último dia 6, quando participava de um evento em Zé Doca. “Estava em uma brincadeira quando uma criança se aproximou e pediu socorro. Pedi que ela ficasse do meu lado e ao final a avó dela também veio pedir socorro, porque seu genro matou a esposa, estava lhe ameaçando. E apesar do cidadão estar foragido, nada era feito por parte da Segurança Pública do município. Então, vou apresentar um requerimento nesta Casa pedindo uma audiência pública com a Comissão [de Segurança]”, afirmou.
O objetivo de Evangelista é que além da audiência na cidade, a comissão temática possa conferir in loco toda a situação. “Não sou eu que vou falar, mas sim a população, para que possamos dirimir esses problemas, essa calamidade que está acontecendo no município de Zé Doca contra a segurança pública”.
AGRADECIMENTO
Ainda em seu pronunciamento, Neto Evangelista agradeceu ao secretário estadual de Segurança Pública, Aluísio Azevedo, pelo envio de um documento que presta informações sobre a instalação de uma Companhia Independente da Polícia Militar, de uma Delegacia Regional da Polícia Militar e de uma Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) no município de Lago da Pedra, localizada a 312 quilômetros de São Luís.
Apesar de não ter sua Indicação atendida, o deputado reconheceu a iniciativa de Mendes. “Quero parabenizar o secretário porque foi o único gestor que respondeu às nossas solicitações. Todos tratam esta Casa como se ela não existisse. Os órgãos do Estado simplesmente ignoram a Assembleia Legislativa. Quando recebi fiquei olhando e até estranhei, mas pelo menos respondeu a um pedido desta Casa legislativa”, finalizou.
