Gardênia diz que relatório aponta assassinato de Tamires

Documento elaborado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia é resultado da audiência pública realizada no município de Campestre com depoimentos que afirmam que a jovem foi assassinada e não se enforcou.

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Cláudio Brito
Agência Assembleia
13/06/2011 00h00 - Atualizado em 14/06/2011 13h41

Gardênia diz que relatório aponta assassinato de Tamires
Foto original

A deputada Gardênia Castelo (PSDB) revelou nesta segunda-feira (13), durante pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa, que um minucioso relatório da Comissão Direitos Humanos e Minorias da Casa aponta fortes indícios que a jovem Tamires Pereira Vargas, de 19 anos, encontrada enforcada dentro da delegacia de Porto Franco, foi assassinada. Segundo Gardênia, o relatório - elaborado durante a audiência pública realizada no município de Campestre sobre o caso Tamires - será submetido à apreciação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na quinta-feira (16). “Depoimentos de pessoas envolvidas no caso deixam claro que a jovem foi assassinada e não se enforcou como disse a polícia”, afirma. A morte da jovem Tamires provocou grande repercussão no Maranhão. A presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa, deputada Eliziane Gama (PPS), cobrou várias vezes esclarecimentos e providências sobre a morte da jovem, encontrada enforcada no corredor da delegacia de Porto Franco, a cerca de 800 km de São Luís. O Caso Tamires foi considerado emblemático, porque aconteceu no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, quando o Brasil e o mundo param para fazer uma discussão sobre o tema. Para Eliziane Gama, a morte de Tamires é mais um caso dentro do sistema prisional do Estado do Maranhão. “Ano passado, tivemos 42 mortes e hoje, estamos chegando a quase 20, em três meses”, criticou. SUSPEITAS Eliziane Gama questionou o fato de haver uma corda dentro da cela. Disse que as informações obtidas é que a janela era alta e não havia outro instrumento para facilitar o suicídio. Segundo ela, além dos sinais de enforcamento, havia hematomas no corpo da jovem, portanto não houve apenas enforcamento. De acordo com a deputada, o exame de conjunção carnal não foi pedido pelo delegado de polícia de Porto Franco. Mas a família de Tamires tem fotos das partes intimas da jovem, que podem evidenciar violência sexual. “Vários presos que estavam na delegacia não viram o enforcamento, só viram Tamires no chão, sentada”, comentou. TRANSPORTES Gardênia Castelo aproveitou o pronunciamento para destacar a audiência pública, de sua autoria, realizada na quinta-feira (9), na Assembleia, para discutir detalhes técnicos do projeto do Novo Corredor de Transporte Urbano de São Luís, elaborado pela Prefeitura de São Luís. A parlamentar agradeceu a participação do presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembléia, deputados Raimundo Louro (PR), e dos deputados Roberto Costa (PMDB), Magno Bacelar (PV), Jota Pinto (PR), Alexandre Almeida (PTdoB) e Eliziane Gama (PPS). Também participaram da audiência os secretários municipais Maria do Amparo (Seplan), Marcos Aurélio Freitas (Semosp); Domingos Brito (Semurh); Afonso Henriques Lopes (Semma), José Arthur Cabral Marques (adjunto da SMTT) e José Marcelo do Espírito Santo (Incid).

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