Em resposta à oposição, Magno Bacelar defende privatização do BEM

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Lenno Edroaldo
Agência Assembleia
21/06/2011 00h00 - Atualizado em 00/00/0000 00h00

Magno bacelarO deputado Magno Bacelar (PV), vice-líder de governo, defendeu a privatização do antigo Banco do Estado do Maranhão (BEM), realizada há sete anos. Segundo o parlamentar, a transação financeira, que teve como comprador o Banco Bradesco, foi realizada para que o governo do estado não obtivesse mais prejuízos. As afirmações de Bacelar foram uma resposta a pronunciamento anterior do também deputado Marcelo Tavares (PSB), que criticou a forma e o valor com que o BEM fora vendido, após o governo estadual investir na época R$ 333 milhões no saneamento de sua estrutura. “Sabemos que o Banco do Estado era deficitário, ao contrário da Vale, que então era uma empresa viável economicamente, um grande patrimônio nacional, mas que foi privatizada a ‘preço de banana’”, disse Bacelar. SAIBA MAIS O BEM foi comprado pelo Bradesco em fevereiro de 2004, por R$ 78 milhões. Na época o Banco do Estado possuía um patrimônio de R$ 38 milhões e contava com cerca de R$ 770 milhões em ativos, além de 186.151 contas correntes movimentadas. O banco possuía 25 agências no Estado e contava com R$ 180 mil contas correntes ativas. O Bradesco fez a aquisição de 89,95 do capital do BEM [um total de 324.181.808 ações ordinárias], pagando um ágio pago pelo Bradesco foi de 1% sobre o preço mínimo. O Itaú, que disputava o BEM com o Bradesco, ofertou o valor mínimo estabelecido --de 77,172 milhões de reais. Como a diferença entre as duas propostas foi inferior a 20%, o leilão foi para o viva-voz, mas nenhuma nova oferta foi feita. Aquela foi a terceira tentativa de venda do BEM. Ao contrário de outras privatizações do setor financeiro, como o leilão do Banespa em 2000, a operação despertou pouca polêmica. Em frente ao prédio da Bovespa, entre 15 e 20 pessoas protestavam contra a venda. As faixas estendidas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) proclamavam "Não à privatização do BEM, fora FMI" e "Privatização não, nem de Lula nem de FHC".

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