Deputado Marcelo Tavares defende fiscalização do governo do Estado

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Waldemar Têrr
Agência Assembleia
21/06/2011 00h00 - Atualizado em 00/00/0000 00h00

O líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), Marcelo Tavares (PSB), criticou, na sessão desta terça-feira (21), a postura do colega de plenário, Roberto Costa (PMDB), de direcionar as críticas apenas à administração de São Luis, sem voltar as baterias contra o governo do Estado. Marcelo Tavares lembrou que é a prerrogativa maior da Assembleia é fiscalizar o governo do Estado, mas admitiu que o colega “pode até tratar de assunto tão relevante como o caso do IPTU e ele fez denúncias gravíssimas em relação ao prefeito e ao imóvel que ele possui, se possui; e ao IPTU do imóvel, que eu acho grave, podíamos até fazer essas investigações, mas não podemos deixar de fazer investigação do Estado”. O líder do BPO garantiu que o Estado do Maranhão vive “no completo abandono porque não temos governo, o que não faz a alegria da oposição”, mas mesmo assim o colega de plenário não se preocupa. Marcelo Tavares assegurou, por exemplo, que o maior problema do Estado e da capital São Luís é a questão da saúde. “A governadora Roseana conseguiu acabar com procissões de ambulância e com as filas nos hospitais, mas ela fez isso acabando com os hospitais públicos. Hoje não há mais filas no Pan Diamante nem no Carlos Macieira, nem no Pan Cidade Operária, nem no Hospital Regional de Coroatá, nem no Hospital Regional de Imperatriz, que não existe, nem no Hospital de Pinheiro que seria construído. Não existem mais filas no serviço público de saúde, porque a governadora não melhorou o atendimento, mas sim porque a governadora acabou com o aten dimento”, acusou. Marcelo Tavares lembrou que ele próprio denunciou há dias que foi feita a contratação de um helicóptero para carregar enfermos, mas não transportou nenhum doente e o Estado pagou R$ 4 milhões; e assegurou que “isso é improbidade administrativa, é crime”. Disse também que denunciou, junto com o deputado Rubens Júnior (PCdB), que uma empresa ganhou, para fazer os projetos e o acompanhamento das obras, R$ 30 milhões do Estado. “Essa é a nossa obrigação prioritária. Podemos tratar de São Luís? Com certeza, é a capital do Estado. Teremos problema em discutir a legalidade ou não dessas ações de investigação, mas acho que elas devem ser feitas. Nenhum de nós pode se negar a fiscalizar aquilo que é público, é nossa responsabilidade, como deputado e como cidadão. Então, a nossa vontade aqui na Casa é sempre de fazer a investigação necessária”, garantiu. Defendeu, no entanto, que tratamento idêntico deve ser dado às 217 prefeituras do Maranhão. “Mas se você traz um fato relevante, eu não sou contrário. Assino aqui a CPI, como disse para o deputado Magno Bacelar; quero é assinar. Ele diz que outros governos são mais corruptos, eu tenho certeza que o mais corrupto é este. E quero ter a oportunidade de provar. Vamos fazer uma CPI para investigar os helicópteros, vamos fazer uma CPI para investigar a Proeng e muita corrupção vai aparecer neste governo”, defendeu.

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