Ambientalistas pedem que Socorrão 3 não seja construído no Sítio Rangedor

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Marcelo Vieira
Agência Assembleia
28/06/2011 00h00 - Atualizado em 28/06/2011 18h37

A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa se reuniu na manhã desta terça-feira (28) com membros da ONG ambientalista GT (Grupo de Trabalho de Recursos Ambientais e Qualidade Ambiental) e da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. Durante a reunião, foi discutido a demanda das conferências de meio ambiente do Maranhão e a elaboração da Agenda Ambiental do Estado. Mas, a principal reivindicação dos ambientalistas foi com relação à preservação do Sítio Rangedor. Eles pediram o apoio do Legislativo para impedir que a Prefeitura de São Luís construa no local, o Hospital Socorrão 3. Segundo integrantes do grupo, existe um laudo do Ibama que define a área onde a prefeitura quer construir o hospital, como uma APP (Área de Preservação Permanente), sendo, portanto, proibido o desmatamento. Estudos também comprovam que a área não pode ser desmatada. O Rio Calhau está situado dentro dessa área e é considerado um manancial e com a construção do hospital toda a diversidade de fauna e flora simplesmente acabaria. Nós estamos procurando outros ambientalistas para fortalecer esse grupo para não deixar acabar essa reserva que é uma Área de Preservação Permanente. Onde o prefeito quer construir um socorrão de urgência, é uma floresta, e estamos aqui para pedir o apoio da Assembleia para que tome alguma providencia para que aquela reserva não seja derrubada,” disse Rita Fiquene, ambientalista e guardiã do Sítio Rangedor. Eliane Alradef, chefe do Departamento de Educação Ambiental da Sema, destacou a importância das manifestações das comunidades e dos órgãos de proteção ambiental. “É importante que as comunidades e os demais órgãos ambientais façam suas manifestações contra a construção do hospital no Síto Rangedor, como forma de pressão”. Para o deputado Léo Cunha (PSC), presidente da comissão, a construção de um hospital de urgência dentro de uma reserva ambiental, é delicada. “Existe a necessidade de desenvolver, de melhorar o sistema de saúde da capital, mas a construção de um hospital nessa área realmente traz um grande prejuízo e um desequilíbrio para o meio ambiente”. O deputado destacou a importância do tema discutido e avaliou a reunião como positiva. Ele disse ainda que a comissão pretende se reunir para discutir o assunto pelo menos uma vez por mês, na sala das comissões.

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