O deputado Neto Evangelista (PSDB) entregou nesta quinta-feira (14), na Assembleia Legislativa, o relatório da audiência pública, realizada no dia 19 de abril, através da Comissão de Assuntos Econômicos, para discutir os impactos provocados pela empresa Vale no Maranhão, em atendimento a um requerimento de sua autoria.
Sem tecer detalhes, Neto Evangelista afirmou que o relatório é muito extenso, pois é o resultado de uma discussão que se estendeu por cinco horas seguidas, com a participação de deputados, empresários, representantes de entidades patronais e de trabalhadores, dos ministérios de Minas e Energia e Trabalho e Emprego e da Secretaria de Estado de Minas e Energia.
Também com o objetivo de discutir denúncias envolvendo a Vale, Neto Evangelista lembrou que participou, como convidado especial, de uma audiência na Câmara Federal. “Ficou acertado que no 2º semestre iríamos percorrer o Maranhão nas regiões por onde a Vale se instalou, para conhecer, de fato, o que pode ser deixado aqui. Porque só retirar é muito bom, mas os frutos têm que ser deixado em nosso Estado também”, defendeu.
Neto Evangelista encerrou o seu discurso deixando uma reflexão para ser aprofundada no segundo semestre legislativo: o excesso de terceirização é o maior problema da Vale. A conclusão de Neto Evangelista foi fundamentada nas informações transmitidas pela chefe de fiscalização do Ministério do Trabalho no Maranhão, Mônica Duailibe, durante a audiência pública realizada na Assembleia Legislativa.
Segundo informações do Ministério do Trabalho, a Vale tem cerca de 21 mil trabalhadores em campo, mas apenas 5 mil são vinculados diretamente à empresa. “Ou seja, a cada quatro trabalhadores concentrados no campo da Vale, apenas um é ligado diretamente à empresa”, detalhou Neto Evangelista.
“Deixo esta reflexão para que, no 2º semestre, possamos discutir, juntamente com a Câmara Federal, os impactos provocados pela Vale, e definir o que esta Casa pode fazer, dentro das suas atribuições enquanto Poder Legislativo, para beneficiar a população do Maranhão”, conclamou.
