César Pires defende ação enérgica na BR-135 e aeroporto

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Viviane Menezes
Agência Assembleia
02/08/2011 00h00 - Atualizado em 02/08/2011 14h35

César Pires defende ação enérgica na BR-135 e aeroporto
Foto original

A inação da classe política maranhense, que não se hegemoniza em favor de obras emergenciais para beneficiar o Maranhão - como a duplicação da BR-135 e a reforma do aeroporto Marechal Cunha Machado - atravanca o desenvolvimento do Estado, especialmente o setor turístico. A avaliação é do deputado César Pires (DEM), feita em pronunciamento na tribuna da Assembleia legislativa nesta segunda-feira (1º), durante a retomada dos trabalhos parlamentares após um recesso de 15 dias. “Porque os outros estados, também pobres, tem tudo isso? Seria o nosso isolamento geográfico ou seria uma quantidade menor de deputados federais e senadores que não permitem um grito, um brado forte em relação a isso? Na verdade, há inação de alguma ordem, ou pelo menos nossos gritos não estão ecoando por parte dos deputados federais e senadores. O certo é que precisamos de ação”, disse o democrata. César Pires narrou que, enquanto enfrentava uma “fila infernal” na BR-135 para retornar a São Luís, foi informado, por telefone, que o processo licitatório para a reforma do aeroporto da capital foi mais uma vez cancelado. Ele citou que a primeira empresa apresentou um orçamento de R$ 5 milhões, mas não teve condições de arcar com o serviço. A empresa que ficou em segundo lugar na concorrência apresentou uma proposta de R$ 10 milhões, mas também não poderia responder. “Se acessibilidade aérea está extremamente precária, a acessibilidade terrestre também. Não podemos falar em crescimento do turismo, ou pelo menos do serviço que o turismo deixa em qualquer Estado [desenvolvimento econômico], se a acessibilidade é superprecária”, avaliou. Para César Pires, enquanto a classe política não se unir em nome do Maranhão o maior prejudicado será sempre do próprio Estado. “Nós temos que tirar o ‘Véu de Isis’ da política do Maranhão como um todo, sem trincheira, sem fronteira política”, recomendou, numa alusão à mitologia egípcia, cuja deusa Ísis usava um véu que representava a separação entre antagonismos. Na visão de César Pires, a reforma do aeroporto e a duplicação da BR-135 são obras inadiáveis e as ações políticas são imprescindíveis. “Não podemos abrir mão de conquistas históricas como a internacionalização do nosso aeroporto”, declarou. Fugindo dos pontos inflamados (BR-135 e aeroporto), a análise de César Pires em favor da expansão da trafegabilidade também envolveu outras regiões do Estado, como o aeroporto de Imperatriz, que, segundo ele, não resistiria a uma demanda maior que a atual. Outros meios de transporte também foram considerados, como o ferroviário e o náutico. “As belezas naturais que Deus nos deu e as nossas incompetências para explorar esse potencial turístico fazem cair por terra os nossos sonhos de uma produtividade turística maior”, refletiu.

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