O deputado Neto Evangelista (PSDB), durante a sessão realizada na manhã desta quarta-feira (3), na Assembleia Legislativa, chamou a atenção de todos os membros da Casa sobre uma possível desativação da clínica médica do Hospital Geral. A medida, segundo o parlamentar, caso seja efetivada, vai dificultar ainda mais o atendimento na rede pública de saúde.
Evangelista disse ter recebido a informação de membros da própria Secretaria Estadual de Saúde (SES) e, imediatamente, levou o assunto ao público para que ele efetivamente não aconteça.
“Quero fazer um alerta de uma informação que eu recebi de dentro da Secretaria de Saúde que vai ser fechada a clínica médica no Hospital Geral, vai ficar apenas para cirurgias e que a clínica médica do Hospital Geral vai ser transferida para o Hospital do IPEM, que hoje tem apenas um médico fazendo esse trabalho”, disse. E concluiu:“então, eu quero deixar este alerta, este comunicado que recebi de dentro da Secretaria de Saúde para que esta Casa não permita isto”, acrescentou.
PROFISSIONAIS
Outro tema tratado pelo parlamentar na sessão diz respeito ao número reduzido de profissionais para trabalhar nas atuais unidades de saúde e nas 72 previstas pelo projeto “Saúde é Vida”, do governo estadual.
A preocupação do deputado é que após a inauguração destas novas unidades de saúde, não haja um número mínimo de pessoas qualificadas para atender as demandas da população.
“Hoje nas maternidades do Estado a mortalidade infantil é muito alta, porque a recomendação é que se tenha um enfermeiro para cuidar de dois leitos. Hoje, aqui no Estado, nós temos um profissional da enfermagem para cuidar de cinco. Então, o descaso é tanto com a corrupção, quanto com o tratamento com a saúde pública direta com o povo do Estado do Maranhão”, afirmou Evangelista.
O parlamentar também disse ser importante acompanhar o processo de construção destes novos hospitais, principalmente após denúncias de irregularidades veiculadas nacionalmente pela revista IstoÉ sobre o Saúde é Vida. “Acho de suma importância que a gente possa também acompanhar, essas construções que na verdade, não saíram muitas das vezes do alicerce da construção”, finalizou.
