O deputado Hélio Soares (PP) denunciou durante a sessão desta quinta-feira (4) a demarcação de terras que está sendo feita pelo Iterma e pela Funai no município de Amarante do Maranhão, que hoje já tem assegurado 54% das suas terras aos indígenas.
Com o novo estudo que esses dois órgãos estão fazendo, será elevada a expansão para 76% da área total do município através do Processo de Ampliação da Reserva Indígena Governador, afetando 75 povoados e acabando com 11 assentamentos. Na área residem cerca de três mil famílias, com cerca de 1.500 propriedades rurais e 127.066 cabeças de gado, conforme levantamentos da Aged.
Diante dos prejuízos que essa expansão irá causar ao município, Hélio Soares conclamou os seus colegas para que se unam no sentido de barrar esse processo de ampliação da reserva indígena. O parlamentar disse que além de acabar com o município e transformar essas áreas indígenas, vão sumir os 11 assentamentos que foram criados pelo Iterma e pelo Incra; a infraestrutura desses assentamentos vão desaparecer e o desenvolvimento em vez de ampliar, na verdade, vai desaparecer, causando assim uma grande catástrofe ali no município de Amarante do Maranhão. “Com essa demarcação simplesmente vai sumir o município de Amarante; ele vai se transformar só numa área indígena”, afirmou.
Hélio ressaltou não ser contrário à demarcação da área indígena, mas ele apela ao bom senso dos dirigentes do Iterma e da Funai para que mantenham o que foi firmado anteriormente, onde aproximadamente 60% da área já pertence aos indígenas e o restante às mais de 10 mil famílias que residem na área.
